Primordialmente, é importante destacar a insuficiência da ação estatal em relação à influência manipulativa das músicas populares. Sob essa perspectiva, o filósofo Nicolau Maquiavel argumenta que o principal objetivo do governante é a manutenção do poder, relegando a segundo plano a busca pelo bem comum. Nesse prisma, observa-se um descaso por parte do governo, com escassos investimentos em educação midiática e crítica cultural, Isso ocorre porque grande parte da população não enxerga o impacto das letras musicais na formação de opiniões e valores como uma prioridade e, por isso, não apoia governantes que proponham iniciativas para incentivar o pensamento crítico sobre conteúdos midiáticos.
Ademais, a omissão social diante da manipulação cultural por meio da música contribui significativamente para sua perpetuação. Nesse âmbito, a filósofa Hannah Arendt, em sua teoria da “Banalidade do Mal”, sustenta que a sociedade se cala perante determinados problemas sociais, o que acaba por naturalizar situações problemáticas. Sob esse viés, é notória a incidência do pensamento de Arendt na situação da falta de questionamento sobre as mensagens embutidas em canções populares, já que a maioria da sociedade consome tais músicas sem refletir sobre suas implicações ideológicas ou sociais, sendo escassas as discussões acerca desse tema no cotidiano. Mensagens musicais reforçam desigualdades, alienação e consumismo.
A sociedade exerce pouca pressão para ampliar diversidade e senso crítico na indústria cultural.
Portanto, cabe ao Estado — detentor de recursos para a transformação social — promover campanhas de conscientização midiática, como “Ouça Crítico”, por meio de oficinas educativas e comerciais televisivos, a fim de mitigar os impactos da manipulação social por meio da música. Além disso, a mídia deve ampliar a divulgação sobre essa temática para pressionar o Governo e a indústria fonográfica a superar a inércia diante do problema. Assim, o Brasil poderá finalmente trilhar o caminho para se tornar o "país do futuro" idealizado por Zweig.
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C1 norma-padrão
Você atingiu aproximadamente 80% da pontuação prevista para a Competência 1, atendendo aos critérios definidos a seguir. O participante demonstra bom domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa e de escolha de registro, com poucos desvios gramaticais e de convenções da escrita, ou seja, apresenta um texto com boa estrutura sintática, com poucos desvios de pontuação, de grafia e de emprego do registro exigido.
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C2 Compreensão da proposta
Você atingiu aproximadamente 100% da pontuação prevista para a Competência 2, atendendo aos critérios definidos a seguir. O participante desenvolve o tema por meio de argumentação consistente, a partir de um repertório sociocultural produtivo e apresenta excelente domínio do texto dissertativo-argumentativo, ou seja, em seu texto, o tema é desenvolvido de modo consistente e autoral, por meio do acesso a outras áreas do conhecimento, com progressão fluente e articulada ao projeto do texto.
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C3 seleção de argumentos
Você atingiu aproximadamente 100% da pontuação prevista para a Competência 3, atendendo aos critérios definidos a seguir. Em defesa de um ponto de vista, o texto apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema proposto, de forma consistente e organizada, configurando autoria, ou seja, os argumentos selecionados estão organizados e relacionados de forma consistente com o ponto de vista defendido e com o tema proposto, configurando-se independência de pensamento e autoria.
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C4 construção de argumentos
Você atingiu aproximadamente 100% da pontuação prevista para a Competência 4, atendendo aos critérios definidos a seguir. O participante articula bem as ideias, os argumentos, as partes do texto e apresenta repertório diversificado de recursos coesivos, sem inadequações.
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C5 Proposta de Intervenção
Você atingiu aproximadamente 80% da pontuação prevista para a Competência 5, atendendo aos critérios definidos a seguir. O participante elabora bem proposta de intervenção relacionada ao tema, decorrente da discussão desenvolvida no texto, articulada e abrangente, ainda que sem suficiente detalhamento.
O texto apresenta um bom domínio da norma-padrão, mas possui erros como "relegando a segundo plano", que deveria ser "relegando ao segundo plano". A redação compreende bem o tema e articula conceitos relevantes. A argumentação é clara e lógica, com uso eficaz de conectivos. Na proposta de intervenção, os quatro elementos estão presentes, mas poderiam ser mais detalhados; por exemplo, especificar quais oficinas educativas seriam implementadas ou como a mídia ampliaria essa divulgação.
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