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Por Isabelly092
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No livro “Brasil, País do Futuro”, o autor austríaco Stefan Zweig expressou confiança no desenvolvimento exponencial da nação brasileira. No entanto, décadas depois, o país ainda enfrenta desafios que impedem esse avanço, sendo o uso de canções populares como ferramenta de manipulação social um grande obstáculo ao progresso nacional. Por certo, a negligência estatal e a omissão social são as principais causas da persistência desse cenário.

Primordialmente, é importante destacar a insuficiência da ação estatal em relação à influência manipulativa das músicas populares. Sob essa perspectiva, o filósofo Nicolau Maquiavel argumenta que o principal objetivo do governante é a manutenção do poder, relegando a segundo plano a busca pelo bem comum. Nesse prisma, observa-se um descaso por parte do governo, com escassos investimentos em educação midiática e crítica cultural, uma vez que políticas voltadas a essa questão não oferecem significativo retorno eleitoral aos políticos. Isso ocorre porque grande parte da população não enxerga o impacto das letras musicais na formação de opiniões e valores como uma prioridade e, por isso, não apoia governantes que proponham iniciativas para incentivar o pensamento crítico sobre conteúdos midiáticos. Como resultado, as músicas seguem sendo utilizadas para reforçar estereótipos, influenciar posicionamentos políticos e até desviar a atenção de problemas sociais urgentes.

Ademais, a omissão social diante da manipulação cultural por meio da música contribui significativamente para sua perpetuação. Nesse âmbito, a filósofa Hannah Arendt, em sua teoria da “Banalidade do Mal”, sustenta que a sociedade se cala perante determinados problemas sociais, o que acaba por naturalizar situações problemáticas. Sob esse viés, é notória a incidência do pensamento de Arendt na situação da falta de questionamento sobre as mensagens embutidas em canções populares, já que a maioria da sociedade consome tais músicas sem refletir sobre suas implicações ideológicas ou sociais, sendo escassas as discussões acerca desse tema no cotidiano. Com isso, há a normalização de discursos que reforçam desigualdades, alienação política ou consumo desenfreado, além da pouca pressão da sociedade sobre o governo e a indústria cultural para promover maior diversidade e senso crítico na produção musical.

Portanto, cabe ao Estado — detentor de recursos para a transformação social — promover campanhas de conscientização midiática, como “Ouça Crítico”, por meio de oficinas educativas e comerciais televisivos, a fim de mitigar os impactos da manipulação social por meio da música. Além disso, a mídia deve ampliar a divulgação sobre essa temática para pressionar o Governo e a indústria fonográfica a superar a inércia diante do problema. Assim, o Brasil poderá finalmente trilhar o caminho para se tornar o "país do futuro" idealizado por Zweig.
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    A redação apresenta domínio da norma-padrão, sem erros gramaticais significativos. O texto aborda o tema de forma clara e articulada, utilizando referências filosóficas relevantes como Maquiavel e Arendt para embasar a argumentação. A progressão lógica é mantida com coesão e coerência adequadas entre as ideias. Na proposta de intervenção, todos os elementos estão presentes, mas falta detalhamento sobre como a mídia poderia ampliar a divulgação do tema. Sugere-se especificar estratégias ou exemplos práticos dessa ampliação para maior clareza.

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  1. C1 norma-padrão

    Você atingiu aproximadamente 100% da pontuação prevista para a Competência 1, atendendo aos critérios definidos a seguir. O participante demonstra excelente domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa e de escolha de registro. Desvios gramaticais ou de convenções da escrita, neste nível, são aceitos somente como excepcionalidade e quando não caracterizam reincidência.

  2. C2 Compreensão da proposta

    Você atingiu aproximadamente 100% da pontuação prevista para a Competência 2, atendendo aos critérios definidos a seguir. O participante desenvolve o tema por meio de argumentação consistente, a partir de um repertório sociocultural produtivo e apresenta excelente domínio do texto dissertativo-argumentativo, ou seja, em seu texto, o tema é desenvolvido de modo consistente e autoral, por meio do acesso a outras áreas do conhecimento, com progressão fluente e articulada ao projeto do texto.

  3. C3 seleção de argumentos

    Você atingiu aproximadamente 100% da pontuação prevista para a Competência 3, atendendo aos critérios definidos a seguir. Em defesa de um ponto de vista, o texto apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema proposto, de forma consistente e organizada, configurando autoria, ou seja, os argumentos selecionados estão organizados e relacionados de forma consistente com o ponto de vista defendido e com o tema proposto, configurando-se independência de pensamento e autoria.

  4. C4 construção de argumentos

    Você atingiu aproximadamente 100% da pontuação prevista para a Competência 4, atendendo aos critérios definidos a seguir. O participante articula bem as ideias, os argumentos, as partes do texto e apresenta repertório diversificado de recursos coesivos, sem inadequações.

  5. C5 Proposta de Intervenção

    Você atingiu aproximadamente 80% da pontuação prevista para a Competência 5, atendendo aos critérios definidos a seguir. O participante elabora bem proposta de intervenção relacionada ao tema, decorrente da discussão desenvolvida no texto, articulada e abrangente, ainda que sem suficiente detalhamento.

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