Segundo a Lei Brasileira de Inclusão da pessoa com deficiência, toda pessoa com deficiência tem direito à igualdade de oportunidades e não sofrerá nenhuma espécie de discriminação. No entanto, os desafios presentes na realidade brasileira se sobrepõem diante de tal ideal. Assim, verifica-se a necessidade de intervir diante de problemáticas como o capacitismo e suas implicações e a inserção da pessoa com deficiência no mercado de trabalho, através de ações públicas e participação da população.
Preliminarmente, compreende-se que o capacitismo faz parte de um tipo de preconceito baseado na crença de que as pessoas com deficiência são incapazes ou totalmente dependentes. Todavia, a história de grandes cientistas, como Stephen Hawking, comprova o contrário. É notório que, mesmo diante de certas limitações, a pessoa com deficiência não perde sua capacidade de autonomia ou deixa de contribuir com a sua força de trabalho dentro das esferas sociais.
Diante desse cenário, é possível constatar inúmeras dificuldades voltadas para a inserção da pessoa com deficiência no mercado de trabalho, bem como a pouca quantidade de vagas, a falta de adaptação às suas necessidades físicas ou relacionais, e a discriminação por parte dos contratantes e do público em geral. De acordo com Albert Einstein, "mais fácil disintegrar um átomo que um preconceito", de forma que, a quebra de padrões de comportamentos que disseminam a desigualdade e ferem a dignidade humana, precisam ser modificados de forma constante. Portanto, o poder público, em conjunto com a implicação da sociedade, precisam agir urgentemente, mantendo projetos educativos que abordem o tema nas escolas, universidades e empresas, gerando conhecimento sobre o tema e conscientização sobre sua importância, tanto no âmbito individual quanto coletivo. Ademais, a necessidade de políticas públicas voltadas para a proteção de pessoas com deficiência, que garantam dignidade as pessoas com deficiência, perpassam por interesses, que nem sempre estão voltados para determinadas demandas. Nesse sentido, a solução desse problema pressupõe a tomada de decisões e a avaliação de planos, a fim dirimir questões de cunho discriminatório que colaboram com a invisibilidade do problema. Por fim, as iniciativas que prezam pela desconstrução do preconceito e trabalham ações e projetos capazes de qualificar profissionais para compor as organizações públicas e privadas, em prol da inserção de pessoas com deficiência a um mercado adaptado para acolhê-las, é o início de um longo percurso rumo ao combate da discriminação.