Na obra literária “Germinal”, de Émile Zola, são denunciadas as precárias condições de trabalho nas minas de carvão do século XIX, incluindo a exploração infantil e seus danos à saúde física e mental. No Brasil contemporâneo, essa problemática ainda persiste, principalmente em famílias de baixa renda, tornando a exploração do trabalho infantil um tema de grande relevância. Diante desse cenário, é essencial analisar a negligência estatal e a naturalização dessa prática em determinados contextos sociais.

Nesse sentido, o Estado tem um papel fundamental na fiscalização do cumprimento das leis de proteção infantil, como as previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Nesse viés, a falta de políticas públicas eficazes contribui para a perpetuação desse problema, como observado na obra brasileira “O Quinze”, de Rachel de Queiroz, que retrata a seca no sertão cearense e a necessidade de crianças trabalharem para a sobrevivência da família, resultando em graves prejuízos à saúde. De maneira semelhante, no Brasil atual, mesmo com legislações proibitivas, a fiscalização ainda é falha, permitindo a continuidade dessa prática prejudicial.

Outrossim, a cultura da normalização do trabalho infantil em algumas regiões do país reforça essa realidade. Em famílias de baixa renda, é comum o discurso de que o trabalho precoce é necessário para auxiliar no sustento familiar. Esse fenômeno é retratado no livro “Os Sertões”, de Euclides da Cunha, que descreve como crianças eram inseridas desde cedo na agricultura familiar, frequentemente em condições insalubres. Logo, situações como essa evidenciam que, embora algumas atividades sejam vistas como parte da tradição, elas podem comprometer o desenvolvimento infantil e sua qualidade de vida.

Portanto, diante da persistência do combate à exploração do trabalho infantil na saúde de jovens, faz-se necessária uma intervenção eficaz. Nesse sentido, o Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, que faz promoção de ações voltadas as crianças, em parceria com ONGs, devem intensificar a fiscalização e investir na ampliação de programas de assistência social para famílias em situação de vulnerabilidade, assegurando condições dignas para que crianças não precisem trabalhar, será possível romper esse ciclo de exploração e garantir um futuro mais saudável e digno para as novas gerações.