No filme "Extraordinário" é retratada a história de um garoto que passa por dificuldades de aceitação na escola, além de sofrer bullying por conta de sua deficiência. Infelizmente, tal conjuntura não se resume às telas, sendo a realidade de muitos brasileiros vítimas do capacitismo, termo definido como discriminação com pessoas com deficiência. No âmbito atual, nota-se que a prática do capacitismo é vista como uma das entraves para alcançar a igualdade social, dessa forma, faz-se necessário combater as principais causas desse problema: o preconceito contra esses indivíduos e a falta de representatividade na mídia.
A Constituição Federal de 1988,assegura a repreensão da discriminação e do preconceito contra portadores de deficiência física. Entretanto, a população se mostra distante da realidade prometida pela norma constitucional, tendo em vista o aumento de casos de intolerância contra essas pessoas, acarretando na construção de uma sociedade cada vez mais exclusiva e preconceituosa.
Além disso, a falta de representatividade na mídia é uma lacuna que precisa ser preenchida na atualidade, com a finalidade de alcançar a inclusão. É perceptível que a sociedade está sendo regida por padrões cada vez mais inalcansáveis, porém, essa forma de representação irá contribuir para o fortalecimento deste grupo de pessoas, tanto na área pessoal quanto na social, e para a construção de um lugar mais abrangedor. Isso se deve ao fato de que as redes sociais dominam o mundo atual, influenciando na difusão de ideais e posicionamentos.
Diante do exposto, faz-necessário que o Ministério da Cidadania intervenha de forma efetiva na situação, buscando desenvolver ações acessíveis e eficientes, como campanhas e leis, que buscam quebrar com barreiras preconceituosas, assegurando assim, um direito prometido pela Constituição. Com essa atitude, espera-se que a normalização e aceitação desses indivíduos na sociedade aumente de maneira significativa.