No filme “Bird Box”, lançado em 2019, é retratada a história de uma população de uma pequena cidade, que, ao serem ameaçadas por um fungo letal e altamente transmissível são obrigados a fugir e se refugiar em cidades próximas. Apesar do enredo fictício, a realidade retratada no longo, se aproxima, hoje, da realidade palestina que ameaçada pelo governo israelense, são forçados a escolher entre fugir de sua terra natal ou serem assassinados em massa. Desse modo, é possível traçar duas origens desse embate desigual entre Israel e Palestina: a escatologia religiosa e os interesses políticos.
Em primeira análise mostra-se conveniente destacar a obra “Crítica da filosofia do direito”, na qual o crítico e filósofo, Karl Marx, defende que a religião é o ópio do povo. Fica claro, ao olharmos as condutas do Estado israelense, que a crítica de Marx se confirma, já que, desde 1948 o governo sionista justifica suas ações criminosas e necrófilas sob o pretexto religioso e sagrado, transformando, dessa maneira, a fé e a religião em ferramentas mortais e cruéis que condenam uma população a miséria.
Ademais, não se pode fechar os olhos aos interesses políticos envolvidos no genocídio contra a população palestina. O recente discurso feito pelo presidente norte-americano propõe o deslocamento palestino e o controle dos Estados Unidos sobre o enclave palestino para construção da “Riviera do Oriente Médio”. Discursos como o de Trump, são cúmplices do genocídio, da limpeza étnica, do ecofascismo e do crime humanitário praticados por Israel, nas últimas décadas, contra os palestinos. Portanto, é mister o fim dessa guerra israelense contra os civis palestinos.
Em suma, é preciso que, todos os países com influência sobre Israel, como Estados Unidos e Alemanha (que fornecem armamento bélico a nação israelense), tomem medidas imediatas para pôr fim às atrocidades de Israel contra a população palestina. Somente assim, será possível garantir a dignidade à vida dos palestinos.