A busca incessante pelo alto padrão de beleza é um tema constante na sociedade, sofrendo grandes transformações ao longo dos séculos. Ocasionalmente, nos deparamos com o surgimento de novas tendências de moda e beleza, nas quais as pessoas buscam incansavelmente se adequar. Grande parte desse fenômeno é resultado da significativa influência da mídia, aliada à pressão social. Esse cenário ganha ainda mais força na era da internet, com a ascensão dos chamados 'influencers'. Não é incomum nos depararmos com pessoas seguindo dietas extremamente rigorosas ou procedimentos arriscados, influenciadas pela conduta de figuras socialmente relevantes, buscando alcançar um padrão de beleza inatingível.

Analisando diferentes épocas ao longo da história, como o Renascimento, por exemplo, percebemos uma evolução nos padrões de beleza. Naquela época, o padrão entre as mulheres era de corpos saudáveis e bem definidos. Entretanto, em um contexto mais contemporâneo e extremo, surgiram fenômenos como o 'heroin chic' dos anos 90, onde o conceito de beleza era baseado na extrema magreza e até mesmo na romantização das drogas. Essas mudanças radicais são evidências da urgência desse problema. Os transtornos alimentares e psicológicos, como a Anorexia e a Bulimia, frequentemente estão associados a esses padrões inalcançáveis, afetando principalmente as mulheres.

Retornando aos dias atuais, tem como exemplo as 'idols' do K-POP na Coreia do Sul, onde muitas delas são membros de grupos de grande sucesso em escala mundial. Infelizmente, denúncias de abusos na indústria são frequentes, e essas mulheres são pressionadas a seguir padrões de beleza extremos, tanto pela mídia quanto pela sociedade. Por esse motivo, pautas como essa requerem discussões frequentes, visando à conscientização.

Portanto, é dever do Governo, que possui maior relevância, utilizar a mídia, especialmente as redes sociais, como ferramenta de conscientização e mudança mostrando riscos reais e o impacto na sociedade. Além disso, deve-se dar maior atenção aos problemas dos transtornos alimentares, incentivando o tratamento e o apoio psicológico, que estão intrinsecamente ligados a essa questão. Assim, é imprescindível promover uma discussão abrangente, abordando não apenas o indivíduo, mas também as pressões sociais em geral.