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Por mathecsaint
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Apesar de o Brasil ser um dos maiores produtores de alimentos do mundo, a desigualdade no acesso à alimentação de qualidade compromete a saúde e a qualidade de vida de grande parte da população. A exportação em massa de produtos agrícolas e o encarecimento dos alimentos no mercado interno evidenciam um paradoxo: o país que abastece outras nações com comida não consegue alimentar com dignidade o seu próprio povo. Esse cenário é agravado por fatores socioeconômicos e estruturais que dificultam escolhas alimentares saudáveis, especialmente entre os cidadãos que vivem nas periferias dos grandes centros urbanos.

O primeiro fator que contribui para essa realidade é a priorização da exportação agrícola. A maior parte dos alimentos naturais produzidos no Brasil é destinada ao mercado externo, devido à valorização do dólar frente ao real. Essa lógica favorece o Produto Interno Bruto (PIB), mas prejudica o consumo interno, pois os preços sobem e a população brasileira passa a ter menos acesso a itens básicos. Nesse contexto, o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) pouco intervém para garantir a distribuição equitativa dos alimentos, permitindo que interesses econômicos se sobreponham às necessidades alimentares do povo.

Além disso, o cotidiano exaustivo do trabalhador brasileiro impede, muitas vezes, a manutenção de uma alimentação saudável. Nas grandes cidades, é comum que a rotina envolva longas horas em transportes públicos, jornadas de trabalho extensas e pouco tempo para o preparo de refeições caseiras. Assim, torna-se mais fácil — e mais barato — recorrer a alimentos ultraprocessados, como lanches de redes de fast-food. Embora existam restaurantes que oferecem refeições nutritivas, esses estabelecimentos geralmente não são acessíveis à população de baixa renda, o que aprofunda a desigualdade alimentar.

Somado a isso, a falta de acesso à educação crítica e à informação também contribui para a perpetuação desse ciclo. Em um país com um histórico de desigualdades sociais e raciais, a periferia luta diariamente pela sobrevivência. A conscientização sobre hábitos alimentares, bem como a exigência por políticas públicas mais justas, esbarram na falta de oportunidades e na exclusão social. Como resultado, o povo brasileiro, mesmo persistente e esperançoso, sofre com as consequências de um sistema que privilegia o lucro em detrimento do bem-estar coletivo.

Portanto, é necessário que o Ministério da Agricultura e Pecuária (agente) implemente um programa nacional de abastecimento interno (ação), que obrigue grandes produtores a destinar parte de sua produção ao consumo doméstico, com fiscalização rigorosa e incentivos fiscais (meio), com o objetivo de garantir o acesso à alimentação saudável e reduzir as desigualdades sociais (finalidade). Além disso, o Ministério da Educação, em parceria com o MAPA, deve promover campanhas educativas nas escolas públicas sobre alimentação consciente, assegurando que crianças e jovens compreendam a importância da saúde nutricional desde cedo. Dessa forma, será possível construir uma sociedade mais justa, na qual o alimento, símbolo de vida e dignidade, não seja privilégio, mas direito de todos
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    A redação apresenta domínio completo das normas da Língua Portuguesa, sem evidências de erros gramaticais que comprometam a clareza ou a adequação formal do texto. Por exemplo, expressões como “Apesar de o Brasil ser um dos maiores produtores de alimentos do mundo” e o uso correto dos conectivos demonstram boa familiaridade com a norma-padrão.

    No que tange à compreensão do tema e aplicação de conceitos, o texto está bem articulado e aborda a contradição entre a fartura de alimentos para exportação e a fome existente no país. A introdução situa o leitor, o desenvolvimento aprofunda os aspectos socioeconômicos e estruturais, enquanto a conclusão apresenta uma proposta de intervenção clara e articulada com o debate desenvolvido. A abordagem traz elementos das áreas econômica, social e educacional, enriquecendo a argumentação e demonstrando conhecimento multidisciplinar.

    A seleção, organização e interpretação de informações, fatos e argumentos também se destacam. O texto apresenta argumentos consistentes, utilizando dados e relações de causa e efeito, como a influência da valorização do dólar e o impacto da rotina dos trabalhadores na escolha por alimentos ultraprocessados. Essa estrutura facilita a compreensão e confere credibilidade à tese defendida.

    A coesão e a coerência são mantidas por meio do emprego adequado de conectivos (ex.: “além disso”, “somado a isso”, “portanto”) que garantem fluidez e progressão lógica entre as ideias. As transições entre os parágrafos e a estruturação interna dos parágrafos contribuem para a clareza do raciocínio, permitindo que o leitor compreenda perfeitamente a relação entre os diferentes aspectos analisados.

    A proposta de intervenção é completa e bem definida, contendo os quatro elementos exigidos:
    – Agente: Ministério da Agricultura e Pecuária e, posteriormente, o Ministério da Educação, em parceria com o MAPA.
    – Ação: Implementação de um programa nacional de abastecimento interno que obrigue os grandes produtores a destinar parte da sua produção ao consumo doméstico.
    – Meio: Fiscalização rigorosa, incentivos fiscais e campanhas educativas nas escolas públicas.
    – Finalidade: Garantir o acesso à alimentação saudável e reduzir as desigualdades sociais.

    Para aprimoramento, sugere-se ainda manter a clareza na delimitação dos elementos da proposta, podendo incluir pequenos detalhes que ressaltem as características de cada agente, por exemplo: “o Ministério da Agricultura e Pecuária, responsável pela regulamentação e fiscalização do setor agrícola, deve...” ou “o Ministério da Educação pode, em parceria com instituições não governamentais, implementar campanhas distribuídas por todo o país...” Esses detalhes reforçam a argumentação e evidenciam uma maior precisão na proposta de intervenção, sem prejuízo da excelente elaboração apresentada.

    Em resumo, o texto demonstra total domínio das exigências do exame, sem apresentar falhas que comprometam a argumentação ou a estrutura textual, cumprindo plenamente as expectativas de cada competência.

  1. C1 norma-padrão

    Você atingiu aproximadamente 100% da pontuação prevista para a Competência 1, atendendo aos critérios definidos a seguir. O participante demonstra excelente domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa e de escolha de registro. Desvios gramaticais ou de convenções da escrita, neste nível, são aceitos somente como excepcionalidade e quando não caracterizam reincidência.

  2. C2 Compreensão da proposta

    Você atingiu aproximadamente 100% da pontuação prevista para a Competência 2, atendendo aos critérios definidos a seguir. O participante desenvolve o tema por meio de argumentação consistente, a partir de um repertório sociocultural produtivo e apresenta excelente domínio do texto dissertativo-argumentativo, ou seja, em seu texto, o tema é desenvolvido de modo consistente e autoral, por meio do acesso a outras áreas do conhecimento, com progressão fluente e articulada ao projeto do texto.

  3. C3 seleção de argumentos

    Você atingiu aproximadamente 100% da pontuação prevista para a Competência 3, atendendo aos critérios definidos a seguir. Em defesa de um ponto de vista, o texto apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema proposto, de forma consistente e organizada, configurando autoria, ou seja, os argumentos selecionados estão organizados e relacionados de forma consistente com o ponto de vista defendido e com o tema proposto, configurando-se independência de pensamento e autoria.

  4. C4 construção de argumentos

    Você atingiu aproximadamente 100% da pontuação prevista para a Competência 4, atendendo aos critérios definidos a seguir. O participante articula bem as ideias, os argumentos, as partes do texto e apresenta repertório diversificado de recursos coesivos, sem inadequações.

  5. C5 Proposta de Intervenção

    Você atingiu aproximadamente 100% da pontuação prevista para a Competência 5, atendendo aos critérios definidos a seguir. O participante elabora excelente proposta de intervenção, detalhada, relacionada ao tema e articulada à discussão desenvolvida no texto. Trata-se de redação cuja proposta de intervenção seja muito bem elaborada, relacionada ao tema, decorrente da discussão desenvolvida no texto, abrangente e bem detalhada.

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