A maior quantidade de água doce do mundo encontra-se no Brasil, entretanto, o país segue enfrentando sua terceira crise hídrica em 20 anos, sendo a maior já registrada. De primórdio, a crise hídrica nasce, principalmente, da incapacidade de gerenciamento de água potável que seria suficiente para satisfazer as necessidades de uma região e, também, das faltas de monitoramento da umidade o solo e de dados para prever futuras secas.
A ONG que trabalha com questões relacionadas à água, Water Organization, se refere a crise hídrica como o quinto maior risco global que impacta a sociedade. Outrossim, no artigo de opinião publicado na revista Nature, cujo título "O Brasil está em crise hídrica", os cientistas e pesquisadores afirmam a necessidade de um plano de seca e apresentam que, se não houver investimentos em pesquisas, monitoramento do solo e novas fontes de energia renováveis, o país e o mundo poderão se comprometer com a segurança alimentar e encarecer ainda mais o valor da energia. Por conseguinte, cabe salientar que, segundo dados de 2017 da UNICEF, 844 milhões de pessoas não possuem acesso à água potável.
Desse modo, percebe-se que a sociedade, com sua irresponsável forma de agir no consumo de água potável, contribui diretamente com as causas da crise hídrica. Para evitar o esgotamento de água, é necessário aproveitar mais de seu recurso reutilizável, também otimizar seu uso, para que atividades essenciais não dependam de chuvas, além de criar um plano de secas. "O Brasil precisa tratar a água como uma prioridade de segurança nacional", afirmam os cientistas.