Na obra "Utopia" do escritor Thomas More, é retratada uma sociedade perfeita, ausenta de mazelas sociais. No entanto, o que se observa na sociedade contemporânea é o oposto ao que o autor prega, uma que que a cultura de assédio no Brasil apresenta barreiras, as quais dificultam as concretizações dos planos de More. Esse cenário antagônico é fruto não só do machismo estrutural, mas também da omissão governamental.

Nesse contexto, em primeiro plano, é importante pontuar que esse problema deriva do machismo estrutural. Segundo o pensador Thomas Hobbes, o estado é responsável por garantir o bem estar da população. Porém, essa responsabilidade não está sendo honrada, visto que as ideias conservadoras fomentam o machismo estrutural, uma vez que acreditam que o homem tem suas vontades de natureza e que elas podem ameaçar a integridade da mulher.

Ademais, em segundo plano, é imperativo ressaltar a omissão governamental como um dos agravantes do problema. De acordo com uma pesquisa feita pela campanha " Chega de Fiu Fiu", 99,6% de quase 8 mil participantes afirmaram que já sofreram algum tipo de assédio. Partindo desse pressuposto, podemos afirmar que há um descaso em alcançar um estado democrático, uma vez que a cultura do assédio invade o direito de ir e vir da mulher, invadindo seu espaço pessoal.

Em suma, algumas medidas são necessárias para a resolução da cultura de assédio no Brasil. Para tanto, cabe ao governo junto com o Ministério das Mulheres, os quais garantirão a igualdade de gênero, por meio de campanhas públicas e leis severas, com o fito de um estado democrático e igualitário. Por fim, com essas medidas, busca- se uma sociedade a qual assemelhe-se com a Utopia de More.