O filme "Tropa de Elite", apresenta uma realidade onde a violência se faz presente no cotidiano e é banalizada, como forma de crítica. Porém muito espectadores transformaram a denúncia em espetáculo. Nesse sentido, a queixa apresentada na obra condiz com a realidade atual do país, já que a violência é vista como entretenimento por grande parte da população. Isso é explicado pela negligência governamental e a impunidade diante da cultura da agressividade.
Dessa forma, deve-se observar que a falta de intervenção do governo é um problema a ser combatido. Segundo o cenário vivido por personagens da obra "Cidade de Deus", a omissão estatal existe perante a brutalidade no Brasil. Logo, a ausência do poder público não apenas permite a continuidade dessa questão, mas transforma o sofrimento real em objeto de consumo e espetáculo. Portanto é imprescindível que, para o bem coletivo, essa problemática seja resolvida.
Paralelamente ao descaso da administração estatal, a falta de punição é um obstáculo a ser vencido. Durante e após a Ditadura Militar no território brasileiro, a imunidade contra crimes violentos se fez presente. Essa tolerância criou uma cultura onde o corpo social enxerga atos violentos como meios legítimos de controle e justiça. Na qual a população e a mídia aplaudem e tratam agressão como espetáculo.
Sendo assim, ficam claros os caminhos para combater a espetacularização da barbárie. É necessário que os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, responsáveis por manter a ordem no território nacional, façam campanhas contra violência por meios de comunicação -vídeos e postagens- ,crie e aplique leis para atenuar a tradição da poli verde-amarela em relação à crueldade. Assim é possível criar uma nação segura para todos.