A obra cinematográfica "13° Emenda", retrata em como a Constituição norte-americana foi regida para encriminar negros, deixando-os em situação de completo descaso em presídios. Nesse contexto, percebe-se em como um documento de cunho democrático beneficiou apenas uma parte da população, assim como no Brasil, país no qual possui um documento jurídico perfeito apenas na teoria e o preconceito racial, oriundo da classe burguesa, sendo ofuscador da valorização da herança africana. Isso se deve em razão da desigualdade social e da invisibilidade, que juntas afetam de forma nefasta às minorias.
Diante desse contexto, é de vital importância destacar como a desigualdade social influencia na problemática. Segundo o sociólogo alemão Karl Marx, a desigualdade é uma característica do sistema capitalista que causa a desvalorização das minorias. Sob esse viés, é imprescindível relembrar que a colonização, a população negra é explorada e alienada pelo sistema no cenário nacional, visto que, constantemente sofre represálias por apenas manifestar sua cultura. Dessa forma, deve-se haver urgentemente ações para que a marginalização da cultura africana não se intensifique no âmbito nacional.
Além disso, vale de forma igual responsabilizar a invisibilidade ocasionada. Seguindo o pensamento filósofo do polonês Zygmunt Bauman de que na "era da informação, a invisibilidade é equivalente à morte", é essencial demonstrar em como a valorização da herança africana é pouco viabilizada, especialmente nas periferias, lugarvem que se possui grande parte da porcentagem negra no país, e que consequentemente sofre com problemas derivados da invisibilidade estatal. Desse modo, a amenização desses problemas devem ocorrer para que não se maximizem ainda mais, gerando variados transtornos.
Portanto, com o fito de combater a interferência da desigualdade e da invisibilidade nas heranças africanas, cabe o Ministério da Cultura - órgão responsável pela promoção de culturas - criar palestras educacionais e momentos de lazer, como danças originárias, à crianças e adolescentes, com intuito de reaproximá-los às suas origens. Assim, um futuro em que a valorização da herança africana não seja desvalorizada, poderá ser almejado no Brasil.