Na sociedade brasileira, a democratização do acesso ao cinema, surgir como um grave problema cultural, pois excluí as populações de periferias em usufruir tal ferramenta cinematográfica. Isso, por sua vez, evidencia o despreparo do Estado e da negligência estatal no combate esse panorama preocupante.

Em primeiro lugar, vale ressaltar o quanto o governo tem se mostrado irresponsável em relação ao acesso democrático em salas de cinema. Isso ocorre porque a máquina estatal consoante o sociólogo Zygmunt Bauman, tornou-se uma instituição zumbi, ou seja, ao não ensinar a população acerca dos prejuízos da falta de acessibilidade em acessar espaços cine, o estado perde a função social de instruir e de cuidar dos brasileiros. Por conseguinte, forma-se um imaginário social alienado, por exemplo,que a sociedade pressione o “zumbi” para que ele volte a ser estado e volte a cuidar de seus filhos.

Além disso, outro fator que potencializar essa problemática, é descaso legislativo. De acordo com a Constituição de 1988 - afirma que todo cidadão brasileiro tem o direito à cultura. Entretanto, o que está escrito nesse documento jurídico vai de encontro a realidade vivenciada pelas pessoas de cidades pequenas e regiões do nordeste - uma vez que, nessas localidades não há espaços de exibição de filmes, sendo dessa forma vítimas de exclusão cultural privilegiando assim só as classes mais altas em acessar os cinemas.

Portanto, o Estado, enquanto garantidor social, deve realizar projetos educativos, por meio de cinemas nas comunidades urbanas, e palestras, abordando a democratização do acesso ao cinema no Brasil, para que o problema seja revertido. Assim, o que está garantido na Constituição de 1988 seja honrado na realidade brasileira.