Na obra literária "Quarto de despejo" de Maria Carolina, retrata a autobiografia da autora que narra diversas dificuldades vividas durante a sua vida na periferia de São Paulo, entre elas a de cuidar sozinha entre seus filhos. Infelizmente, a história da obra semelha-se a realidade de algumas mulheres na sociedade brasileira que não recebem visibilidade quando se trata do trabalho de cuidado realizado pelas mesmas.
Assim como no livro, um responsabilidade de cuidados é somente de Maria Carolina, mulheres e meninas na sociedade brasileira atual também são encarregadas de tal função o que de certa forma acaba sendo prejudicial tendo em vista que as mesmas acabam abandonando o trabalho formal e até mesmo a escola para se dedicar até ao cuidado, aumentando assim o índice de valor escolar e de desigualdade social.
Nesse sentido, vale ressaltar ainda mais a desigualdade de gênero em relação à média de horas dedicadas ao trabalho doméstico e ao cuidado de crianças e idosos, que segundo dados apontados pelo instituto Brasileiro de geografia IBGE essa média significativamente desigual quando se trata do sexo feminino e masculino. Esses fatos infelizmente são pouco abordados, já que, a classe principal afetada é de mulheres em situação de pobreza e que sofrem principalmente com a discriminação racial.
Dessa forma, é de suma importância que haja uma mobilização por parte do governo federal juntamente com o ministério da mulher por meio de palestras, programa de televisão e também de anúncios publicitários, dando assim, a correta visibilidade ao trabalho de cuidado realizado por diversas mulheres brasileiras e também diminuindo a desigualdade social e de gênero na sociedade brasileira.