A partir de uma análise crítica, entende-se que os desafios da inclusão de autistas é um retrato de uma sociedade irresponsável como a brasileira. Essa falta de compromisso com o bem-estar da população é motivada pela omissão estatal, que resulta na promoção de inúmeras consequências, dentre elas: a desigualdade social.
Primeiramente, constata-se que a omissão estatal é reflexo de um país apático, que não investe em leis mais rigorosas que visam a proteção de tais pessoas. Segundo o professor Kevin Bales: "as leis existem, mas ainda faltam ferramentas, recursos e vontade política". Partindo desse pressuposto, é notável que a sociedade encontra-se carente de um órgão eficaz, um agente que possa resolver o problema, bem como o Estado.
Por conseguinte, a desigualdade perdura no país, segundo dados da AMAES a cada 36 crianças 1 é autista, é inegável que muitas pessoas com o espectro ficam sem as terapias necessárias, ou se quer chegam a receber um diagnóstico, contribuindo assim para essa crescente desigualdade social.
No filme 1984, é possível observar como o poder da alienação faz com o que um homem perca a sua identidade, vivendo em um regime repressivo. Paralelamente, quando analisa-se está causa, compreende-se que a falta de informação agrava tal problemática, privando tais cidadãos de uma vida tranquila em sociedade.
Nota-se, portanto, a urgência de resolver está questão. Nesse contexto, com o intuito de melhorar a qualidade de vida dessas pessoas o Estado deve apresentar informações sobre tal condição. Essa medida acontecerá por meio de campanhas informativas como palestras em escolas. É dessa forma que os desafios da inclusão de pessoas com autismo podem ser mitigados na sociedade moderna.