A constituição federal de 1988, documentário jurídico mais importante do país, prevê seu artigo 6°, o direito à inclusão social como inerente a todo cidadão brasileiro. Conquanto, tal prerrogativa não tem se reverbado como ênfase na prática quando se observa os desafios de pessoas autistas, dificultando, deste modo, a universalização desse direito social tão importante. Diante dessa perspectiva, faz-se imperiosa a análise dos fatores que favorecem esse quadro.
Em uma primeira análise, deve-se ressaltar a ausência de medidas governamentais para combater os desafios da inclusão de pessoas autistas no Brasil. Nesse sentido, vê-se que pessoas autistas sofrem discriminação, devido sua comunicação e comportamento. Essa conjuntura, segundo as ideias do filósofo contratualista John Locke, configura-se como uma violação do "contrato social", já que o estado não cumpre sua função de garantir que os cidadãos desfrutem de direitos indispensáveis com a inclusão social, o que infelizmente é evidente no país.
Ademais, é fundamental apontar o preconceito da sociedade Como impulsionador do revés no Brasil. Segundo a ONU, o autismo é uma síndrome que atinge quase 2 milhões de brasileiros. Diante de tal exposto a discriminação aumenta periodicamente. Logo, é inadmissível que esse cenário contribuiu pendurar.
Depreende-se, portanto, a necessidade de se combater esses obstáculos. Para isso, é imprescindível que o Governo Federal, por intermédio de debates e campanhas de alerta, conscientize a população sobre o autismo, a fim de evitar a discriminação de pessoas com transtorno e permitir a participação delas na vida em sociedade. Assim se consolidará uma sociedade mais unida, onde o estado desempenha corretamente seu "contrato social", tal como afirma John Lock.