Na obra “a república”, o filósofo grego Platão, idealiza kallipolis, uma cidade livre de conflitos e problemas, na qual a cidadania plena é um privilégio universal. Essa concepção de harmonia social, tornou-se um paradigma, orientando, ao longo dos séculos, os esforços das nações em busca de uma sociedade mais equitativa e próspera. No entanto, a desvalorização da herança africana no Brasil, ainda representa um obstáculo à efetivação de um tecido social equilibrado. Diante desse panorama, a indiligência governamental e a desigualdade social agravam esse quadro.
De início, é imprescindível ressaltar a desassistência do poder público como fator agravante na preservação cultural. A constituição de 1988, conhecida como “constituição cidadã “, consagrou os direitos sociais como fundamentos centrais da sociedade, estabelecendo o acesso a cultura como um dos pilares d nação. É de grande importância assegurar esse direito para construir uma coletividade mais justa e igualitária. Contudo, o governo permanece omisso, perpetuando a situação atual.
Ademais, é imprescindível destacar o desnível social, quanto ao agravamento do problema. Na linha desse raciocínio, de acordo com a declaração universal dos direitos humanos art.1 “todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos “. Diante de tal exposto, fica garantido que todos devem ter seus direitos respeitados. Portanto, corrigir a desvalorização da herança africana, não apenas segue os preceitos da carta magna, como também é essencial para uma sociedade melhor.
É evidente, portanto, que ações concretas precisam ser adotadas para enfrentar esse desafio. Em vista disso, o governo federal, encarregado de organizar o funcionamento do estado e promover o bem-estar social, deve conservar a cultura africana, por meio de eventos culturais, com o objetivo de valorizar. Dessa maneira, o Brasil estaria mais próximo de alcançar as ideias utópicas delineadas por Platão.