Em 18 de maio de 1973, Araceli Cabrera, de apenas 8 anos de idade foi dopada, sequestrada, violentada diversas vezes e assassinada por seus sequestradores. Em virtude do ocorrido, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), criou o Dia Nacional de Combate ao Abuso e a Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes em 17 de Mário de 2000, em memória a Araceli. Entretanto, a exploração sexual perdura na sociedade brasileira e necessita ser combatida.

Em primeira análise, é válido destacar que, segundo dados governamentais, a cada 24 horas, 320 crianças e adolescentes são explorados sexualmente no território brasileiro, deixando assim, o Brasil em segundo lugar no ranking da exploração sexual. Além disso, de acordo com o estudo organizado pelo Instituto Liberta, são 500 mil vítimas, sendo 75% meninas negras, estima-se que esse número pode ser maior, já que apenas 7 em casa 10 casos são denunciados, evidenciando assim um tabu na sociedade brasileira.

Outrossim, apesar de ser enraizado na sociedade desde a escravidão, ainda há empecilhos pra exploração sexual infantil ser reconhecida, discutida e combatida, advindos da falta de informações e inúmeras vezes, por medo, a vítima não comunica as autoridades, consequentemente aumentando as estatísticas e diminuindo as denúncias.

Perante o exposto, é necessário que medidas sejam tomadas para a eliminação da exploração sexual infantil na sociedade brasileira. Dessa forma, o Governo deve intensificar o disque 100 e investigar todo e qualquer caso suspeito, como também, deve transmitir anúncios informacionais para todos os públicos. Além disso, palestras devem ser implementadas em escolas e espaços públicos, a fim de que esse assunto seja mais conhecido e consequentemente combatido. Somente assim, o silêncio será quebrado, as estatísticas diminuídas e todas as crianças desfrutarão de uma infância digna.