A Teoria da Atividade do sociólogo Lev Vygotsky, sugere que a sociedade se beneficia quando os idosos continuam sendo membros ativos e valorizados. Entretanto,esta teoria se diverge da realidade, visto que com o envelhecimento populacional o Brasil enfrenta desafios em relação a discriminação e a adaptação da saúde pública.
Nesse cenário, ressalta-se, que a discriminação é um fator do problema. O conceito de "Etarismo" criado pelo psiquiatra Robert Buttler, descreve o preconceito contra pessoas pela sua idade, sendo esse um dos principais obstáculos para a dignidade do indivíduo idoso na sociedade, que muitas vezes invisibiliza essa população. A prática de tal conceito trás consigo consequências sérias aos mais velhos como exclusão do mercado de trabalho, deterioração da saúde mental e física, além de o expor a violência e negligência.
Além disso, ressalta-se também, que a falta de adaptação na saúde é outro fator do problema. Segundo a Constituição de 1988, a saúde é direito de todos e dever do Estado promove-lá. Com a baixa taxa de natalidade e o crescimento da taxa de idosos no Brasil, tais diretos são colocados em xeque, visto que a saúde brasileira não atende a tal mudança demográfica, sendo assim necessário fazer adaptações no sistema de saúde pública.
Portanto, é necessário uma intervenção. Para isso o Governo deve criar uma agenda educacional chamada "menos preconceito, mais inclusão!" que promova palestras em escolas e universidades onde hajam debates sobre os prejuízos do etarismo, conscientizando e desconstruindo estereótipos. Paralelamente, também é necessário que o ministério da saúde invista em profissionais especializados na área da geriatria dentro do SUS para conseguir atender as demandas dessa parte da população. Dessa forma, será possível vislumbrar um país mais inclusivo e socialmente desenvolvimento.