Na segunda temporada da série nacional “Segunda Chamada”, moradores de rua se ingressam em uma escola do EJA (Educação para Jovens e Adultos) para poder concluir o ensino médio, mas acabam sendo vítimas de preconceito pelos outros alunos. Fora da ficção, essa problemática persiste, sobretudo os desafios para a integração dos moradores de rua na sociedade brasileira. Diante desse cenário, é essencial analisar a negligência estatal e a falta de medidas inclusivas em cidades grandes como principais desafios para tal tema.

Nesse sentido, a ineficiência do Estado na proteção e direito das pessoas em situação de rua contribui para a perpetuação desse problema. Nesse viés, apesar da existência de legislações, como a Constituição de 1988, que prevê que todos os cidadãos brasileiros são iguais, muitos moradores de rua enfrentam dificuldades para obter reconhecimento dos seus direitos. Um exemplo emblemático é o livro de Jorge Amado “Capitães da Areia”, que consiste na vida de meninos moradores de rua sem registro civil e lar. Assim, a ausência de políticas públicas eficazes e de fiscalização compromete a garantia do direito às pessoas em situação de rua.

Outrossim, a falta de medidas e projetos que incluem moradores de rua na sociedade reforça os problemas na integração deles na sociedade. Por isso, vale mencionar que arquiteturas hostis falta de serviços básicos pode gerar a exclusão de moradores de rua. Essa realidade também se reflete na cultura midiática, como na série americana “Pose”, na qual uma personagem transexual fica em situação de rua e se sente excluída pela sociedade, a levando para a prostituição. De maneira semelhante, no contexto brasileiro, a falta de medidas eficazes se configura como um grande obstáculo para a integração de pessoas em situação de rua no Brasil.

Portanto, para combater os desafios dos moradores de rua para a integração na sociedade brasileira, é necessária uma intervenção eficaz. Para tanto, o Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, responsável por promover políticas públicas voltada a todos os brasileiros, por meio de ONGs e governos locais, deve adotar medidas mais efetivas, como o acesso público à saúde, lar e educação para todos. Dessa forma, será possível assegurar o direito constitucional à igualdade entre todos os brasileiros.