"Ninguém respeita a Constituição, mas todo mundo acredita no futuro da nação". A música "Que País é Esse?", da banda Legião Urbana, denuncia o abismo entre as leis garantidas no papel e sua aplicação na prática. Na realidade brasileira, isso evidencia a negligência governamental quanto à carência de práticas pedagógicas voltadas para os povos originários, perceptível especialmente no que tange os desafios à garantia dos estudos dos povos originários. Nesse viés, destaca-se a necessidade de políticas públicas eficazes para solucionar o problema.
Em primeiro plano, transparece a carência de políticas públicas voltadas à educação indígena. Segundo o pensador Thomas Hobbes, o Estado deve garantir o bem-estar do povo. Contudo, nota-se, no contexto brasileiro a ineficiência do pensamento de Hobbes, uma vez que não é garantido a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), que assegura a esses povos uma educação multicultural, com especificações para cada grupo indígena. Isso reafirma a negligência governamental, de modo que o Estado não apresenta soluções eficazes para garantir esse direito, implicando em consequências na perda da cultura e educação dos povos originários.
Ademais, destaca-se a carência de práticas pedagógicas voltadas para os indígenas. Isso porque, um grupo de jovens indígenas são discriminados por colegas e pelo corpo docente da escola, o filme Escritores da Liberdade, retrata uma realidade ficcional pouco distante da realidade brasileira, visto que no filme apresenta situações discriminatórias por meio de profissionais. A partir desse pressuposto, reforça a ideia de falta de políticas públicas de inclusão, por conseguinte a evasão escolar desse grupo.
Torna-se, portanto, que a tomada de medidas se apresenta como uma urgência coletiva. Nesse sentido, é válido destacar o dever do Estado, por meio do MEC ( Ministério da Educação), na criação de políticas de capacitações para profissionais para a educação multicultural para cada grupo indígena, além da fiscalização do funcionamento pleno das leis, por meio do Poder Legislativo e punir o não funcionamento, a fim do pleno futuro da nação.