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Por Daniel20099
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#121186
"O cidadão invisível" trata da desvalorização de alguns indivíduos na sociedade brasileira. A crítica de Dimenstein é verificada na democratização do acesso à internet, que não ocorre, excluindo parte dos cidadãos de se beneficiarem das oportunidades proporcionadas pela era digital. Nesse contexto, o problema existe devido não só ao silenciamento, como também à ineficiência governamental.

Nesse cenário, ressalta-se, de início, que a falta de debate é um fator do problema. Djamila Ribeiro explica que é preciso tirar uma situação da invisibilidade para que soluções sejam promovidas. Porém, há um silenciamento instaurado no acesso à internet, visto que pouco se fala sobre a importância de democratizar esse acesso, tratando o tema como algo supérfluo. Assim, urge tirar a situação da invisibilidade para atuar sobre ela.

Além disso, outro fator influenciador é a ineficiência governamental. Para Thomas Hobbes, o Estado é responsável por garantir o bem-estar dos cidadãos. Entretanto, tal responsabilidade não está sendo honrada quanto ao acesso à Internet no Brasil, uma vez que o aparato estatal não promove políticas públicas que garantam o acesso da população carente a ela. Logo, para que tal bem-estar seja usufruído, o Estado precisa sair da inércia em que se encontra.

Portanto, faz-se necessária uma intervenção. Para isso, o governo federal deve criar uma agenda específica para o tema, por meio da organização de fundos e projetos, a fim de reverter a inércia estatal que afeta a democratização do acesso à internet. Tal ação pode, ainda, conter consultas públicas para atender as reais necessidades da população. Paralelamente, é preciso intervir sobre o silenciamento presente no problema. Dessa forma, o Brasil poderá ter menos "cidadãos de papel", como defendeu Dimenstein.
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