O filósofo Thomas More, em sua obra "Utopia", apresenta uma sociedade perfeita, na qual é caracterizada pela ausência de mazelas sociais. No entanto, ao se analisar a conjuntura brasileira, vê-se uma oposição ao texto sobredito, já que os desafios da democratização do acesso à internet no Brasil compromete a harmonia coletiva nacional. Diante disso, têm-se um problema fomentado não só pela desigualdade, mas também pela negligência estatal.

Diante desse cenário, deve-se ressaltar a desigualdade como um dos impulsionadores dos desafios da democratização do acesso à internet no Brasil. Nessa perspectiva, o documentário "Desigualdade Global" feito pela Folha de São Paulo, mostra o cotidiano de pessoas de baixa renda, a qual sofrem por falta de saneamento básico, trabalho e alimentação. Nesse contexto, há de se perceber que pessoas de baixa renda tem dificuldades de pagar a conta da internet, devida a falta de oportunidade no mercado financeiro. Logo, é inaceitável que essa situação perdure no país.

Ademais, os entraves acerca da negligência estatal sintetizam outro problema a ser sanado com urgência. Sob a perspectiva de Thomas Hobbes, em seu livro "Leviatã", defende a obrigação do estado em proporcionar meios que auxiliem o progresso no corpo social. Entretanto, as autoridades competentes rompem com essa conformidade, já que não conseguem distribuir o acesso à internet para todos. Dessa forma, é inadmissível que os indivíduos se tornem cada vez mais vulneráveis.

Interfere-se, portanto, a necessidade de combater os problemas enfrentados pela desigualdade e pela negligência estatal. Para isso, é necessário que a mídia, a exemplo do Facebook, faça uma campanha por meio das redes sociais, a fim de ajudar as pessoas a terem acesso à internet. Além disso, o ministério público, deve pressionar o governo com o intuito de distribuir o acesso gratuito a rede de internet para população. Dessa forma, espera-se uma sociedade mais justa e igualitária para todos, como na obra "utopia".