Segundo a obra "Utopia", criada pelo escritor Thomas More, é retratado uma sociedade perfeita, onde o corpo social padroniza-se pela ausência de problemas e conflitos. Entretanto, fora do campo literário, o atual cenário brasileiro se distingue em virtude a democratização da internet. Nessa lógica, se faz necessário debater sobre a desigualdade social, assim como a negligência estatal. Como principais responsáveis pela permanência do óbice.

Diante desse cenário, a mentalidade coletiva precisa ser aprofundada. Segundo o conceito de normalização de Michel Foucault, há, na sociedade, a repetição de comportamentos sem devida reflexão crítica dessa conduta. Sob tal perspectiva, quando se analisa que o acesso à internet é importante, mas a população principalmente os negros, pobres, analfabeto e indígenas, estão excluso desse direito de utilização da internet. Verifica-se que a falta de deliberação minuciosa, sobre o assunto em questão intensifica o revés, torna-se imprescindível a discussão coletiva.

Além disso, merece ênfase o quesito estatal. De acordo com Jonh Looker, por meio do contrato social, o estado deve garantir o bem-estar grupal. Contudo, atualmente o governo vem digitalizando os seus serviços e tornando-se obrigatório o uso da internet, todavia, o governo está facilitando para si próprio e dificultando para a população. Contrasta, com a idealização proposta pelo filósofo, tendo em vista a negligência estatal. Destarte, para resolução do problema, vê-se a importância da atuação do governo.

Interfere-se, portanto, que o Estado deve aderir providências catalisadoras. A fim de solucionar a desigualdade social e suscitar a negligência estatal. Para isso, o governo - haja vista ser provedor de políticas públicas - deve investir em políticas públicas que disponibilize internet para todos, por meio de projetos sociais. Com a finalidade democratizar a internet. Com efeito, espera-se que a sociedade caminhe para um futuro livre de problemas, como idealizou Thomas More.