Segundo o sociólogo Zygmut Bauman,"nenhuma sociedade que esqueça a arte de questionar pode encontrar respostas para os problemas que a afligem ". A partir dessa análise, podemos observar que "os desafios para a formação educacional de surdos no Brasil" é um problema recorrente na sociedade brasileira. E isso é uma consequência não negligência estatal, mas também dos preconceitos enfrentados.

Nesse contexto, devemos atentar-se à omissão estatal. Pois segundo a ótica do filósofo Thomas Hobbes "é dever do estado garantir serviços para o bem-estar da nação", porém tal responsabilidade não está sendo honrada, no tocante a formação educacional de pessoas com deficiência auditiva, pois o Estado não tem dado a estrutura adequada às escolas como, por exemplo, profissionais qualificados para que esse grupo tenha acesso à educação. Desse modo, não é justo o Estado, como promotor do bem-estar social, ignore a grave realidade das pessoas com deficiência auditiva.

Além disso, é importante destacar os preconceitos enfrentados por esse grupo. Segundo Nicolau Maquiavel, "os preconceitos possuem mais raízes do que princípios", e isso é uma realidade na sociedade brasileira, no tocante ao bullying enfrentado pelos surdos nas escolas e na sociedade, pelo simples fato de acharem que por terem essa deficiência eles são menos cidadãos do que outros.

Nota-se, portanto, a necessidade de investimento nos desafios para a formação de surdos. Para tanto, é dever do Estado investir em formação em libras para os professores das redes públicas para que possam atender com eficácia a necessidade desse grupo. Além disso, cabe às escolas promover por meio de palestra para combater o preconceito e bullying dentro das escolas, com isso, o Brasil se tornará um país que garante a ampla defesa dos direitos fundamentais a seus cidadãos.