O artigo 5 da Constituição Federal de 1988, afirma que todos são iguais perante a lei. Porém, ao sair da teoria legislativa, é observado o oposto na realidade, de forma que é visto desafios para inclusão de pessoas com deficiência na sociedade brasileira. Acerca disso, é possível citar as raízes históricas e o capacitismo como causas da problemática.
Em primeira análise, as raízes históricas são um obstáculo para a inclusão de pessoas com deficiência. Nessa perspectiva, no mundo antigo, o país de Esparta era conhecido por ser um povo composto por guerreiros, de modo que os bebês que nasciam com qualquer limitação eram mortos. Apesar da sociedade atual não ser extremista como os espartanos, nota-se que o repúdio e a exclusão são estigmas enraizados na população, de modo que a discriminação é normalizada, nesse sentido tal situação pode ser observada, exemplificando, em situações que pessoas limitadas, ao ingressarem no mercado de trabalho, estas tem menor remuneração e oportunidades. Consequentemente às raízes históricas, os indivíduos com limitações físicas ou mentais são invisibilizadas e seus direitos constitucionais negligenciados.
Outrossim, o capacitismo é um fator limitante para a inclusão de pessoas com deficiência. Nesse contexto, a obra literária "Estrelas tortas", de Walcyr Carrasco, relata a história de uma garota paraplégica e suas dificuldades para reinserir-se na vida em sociedade. Analogamente ao livro, na conjuntura atual brasileira o preconceito é um problema do cotidiano de pessoas com deficiência, no qual a sociedade tende a subestimar suas capacidade, deduzindo que devido suas limitações, são incapazes e inferiores, de maneira que tal problemática é vista, por exemplo, em ambientes escolares no qual alunos com deficiência são excluídos e ridicularizados por seus colegas devido às suas dificuldades. Em consequência a tal preconceito, o grupo com limitações podem desenvolver problemas mentais, como ansiedade e depressão, além de não serem incluídos na sociedade.
Portanto, as raízes históricas e o capacitismo são desafios para inclusão das pessoas com deficiência. Logo, cabe ao Estado -principal responsável pela garantia dos diretos individuais e coletivos-, juntamente com a mídia, realizar campanhas de sensibilização, por meio de palestras com pessoas que sofrem com algum tipo de deficiência, em complexos educacionais e empresariais, como também por meio de publicações nas redes sociais, à fim de evitar a discriminação e exclusão. Nesse âmbito, com tais ações, será possível as pessoas deficientes participarem da vida em sociedade e exercer o pleno direito de cidadania e de igualdade.