- 06 Jul 2024, 17:34
#131078
A obra "ensaio sobre a cegueira" retrata a invisibilização de certos problemas na sociedade, principalmente o fato desta não estar preparada para lidar com cegos. Na realidade brasileira, a crítica de Saramago é verificada nos desafios para a inclusão educacional de deficientes visuais, que apesar de ser o grupo que apresenta maior dificuldade de convivência social, não há modificação dessa realidade. Com isso, emerge um problema sério, em virtude do deficitário ensino brasileiro e da invisibilidade.
Nesse contexto, em primeiro plano, é preciso atentar para o precário ensino brasileiro presente na questão. Para Florestan Fernandes, devemos "tratar desigualmente os desiguais". Porém, tal premissa não está sendo honrada quanto ao campo educacional, visto que a maior parte da população não sabe falar em libras ou braile, dificultando a inclusão de pessoas deficientes. Assim, para que se possa tratá-los com equidade, é necessário que a linguagem de sinais seja parte obrigatória do currículo escolar.
Alem disso, é inerente apontar que a segregação social impacta na questão. Segundo Bauman, "na era da informação, a invisibilidade é equivalente à morte". Assim, sabe-se que os cegos estão assegurados institucionalmente, entretanto, a sociedade não tem preparo e nem interesse de incluí-los adequadamente, sendo a segregação uma escolha mais prática. Com isso, é necessário que amplie-se as informações sobre grupos minoritários e que sejam impulsionados midiaticamente para alcançar mais pessoas. Portanto, faz-se necessário intervir sobre o problema. Para isso, o Ministério da Educação, em parceria com o poder legislativo, deve elaborar maneiras de incluir os cegos nos espaços educacionais, por meio da obrigatoriedade do braile nos currículos escolares e universitários. Paralelamente, é preciso intervir sobre a segregação social. Dessa maneira, o governo, em paralelo com as prefeituras, deve planejar campanhas de combate à invisibilidade, aumento da acessibilidade nas cidades, estímulos sensoriais em produtos e eventos mais inclusivos. Espera-se assim, dar mais autonomia e individualidade as pessoas deficientes visuais e superar a cegueira social de que Saramago falou.
Nesse contexto, em primeiro plano, é preciso atentar para o precário ensino brasileiro presente na questão. Para Florestan Fernandes, devemos "tratar desigualmente os desiguais". Porém, tal premissa não está sendo honrada quanto ao campo educacional, visto que a maior parte da população não sabe falar em libras ou braile, dificultando a inclusão de pessoas deficientes. Assim, para que se possa tratá-los com equidade, é necessário que a linguagem de sinais seja parte obrigatória do currículo escolar.
Alem disso, é inerente apontar que a segregação social impacta na questão. Segundo Bauman, "na era da informação, a invisibilidade é equivalente à morte". Assim, sabe-se que os cegos estão assegurados institucionalmente, entretanto, a sociedade não tem preparo e nem interesse de incluí-los adequadamente, sendo a segregação uma escolha mais prática. Com isso, é necessário que amplie-se as informações sobre grupos minoritários e que sejam impulsionados midiaticamente para alcançar mais pessoas. Portanto, faz-se necessário intervir sobre o problema. Para isso, o Ministério da Educação, em parceria com o poder legislativo, deve elaborar maneiras de incluir os cegos nos espaços educacionais, por meio da obrigatoriedade do braile nos currículos escolares e universitários. Paralelamente, é preciso intervir sobre a segregação social. Dessa maneira, o governo, em paralelo com as prefeituras, deve planejar campanhas de combate à invisibilidade, aumento da acessibilidade nas cidades, estímulos sensoriais em produtos e eventos mais inclusivos. Espera-se assim, dar mais autonomia e individualidade as pessoas deficientes visuais e superar a cegueira social de que Saramago falou.