Promulgada pela ONU em 1948, a Declaração Universal dos Direitos Humanos garante a todos os indivíduos o direito a saúde e ao bem-estar social. No entanto, os desafios encontrados no Brasil para a melhoria da saúde pública impossibilita que a parcela da população que necessita ter acesso ao Sistema Único de Saúde (SUS) desfrute desse direito universal na prática. Nesse contexto, deve-se analisar como a negligência estatal e a falta de profissionais impulsionam tal problemática, com o intuito de solucioná-la.
Diante desse cenário nota-se a inoperância governamental como fator agravante dos problemas enfrentados pelo SUS no Brasil. De acordo com geografo Milton Santos, em seu texto "As Cidadanias Mutiladas", a cidadania atinge a plenitude de sua eficácia quando os direitos do corpo social são homogeneamente desfrutados. Entretanto, no contexto vigente, a passividade do Estado distância a parcela da sociedade que depende unicamente do SUS para ter acesso a saúde dos direitos constitucionalmente garantidos a medida que pacientes sofrem com a falta de estruturas hospitalares e também com a demora no atendimento. Dessa forma, enquanto a maquina pública negligenciar suas responsabilidades, o problema perdurará e os direitos dos cidadãos continuarão a ser mutilados.
Ressalta-se, ademais, que a falta de profissionais nos hospitais públicos potencializa esse cenário. Nesse viés, segundo o site saúde. abril mais da metade da população depende única e exclusivamente do SUS que, em contrapartida, não possui profissionais qualificados suficiente para atender essa parcela da sociedade. Em decorrência disso, mantem-se o quadro de ausência de ações sociais no que tange a reversão desse contexto, fragilizando, com isso, a cidadania plena no pais. Dessa forma é imprescindível combater a escassez de médicos na rede pública, visto que, é uma das causas fundamentais do problema.
Diante do exposto, denota-se a urgência de propostas governamentais que alterem esse quadro. Portanto, cabe ao Estado - em sua função de promotor do bem-estar social - criar planos de carreira interessantes para que profissionais da área da saúde tenham interesse de migrar para áreas mais necessitadas, mediante a instauração de políticas públicas que impulsione essa migração. Tal ação terá como finalidade o aumento percentual de profissionais de saúde nas áreas mais necessitadas. A partir dessas ações, espera-se promover uma melhora nas condições de saúde e social desse grupo.