A novela "Chiquititas" apresenta de forma lúdica a questão adotiva no Brasil, tema esse que se mostra cada vez mais relevante no cotidiano. Isso porque, hoje em dia, gradualmente evidencia-se a dificuldade relacionada com o ato de adotar e os empecilhos disso para o público infantojuvenil. Acerca disso, hão de ser analisadas as seguintes conjunturas: o padrão instaurado entre adotados e os efeitos da ausência parental na fase de desenvolvimento.

Em primeiro lugar, é congruente pontuar a convergência dos perfis exigidos pelos adotantes como um óbice da difusão dessa prática. Nesse sentido, é válido citar o fenômeno da "cultura do cancelamento", em que os indivíduos que não se alinham a um padrão pressuposto pelo corpo social ficam sujeitos a discriminação. Análogo a isso, a procura por adoção é frequentemente limitada a uma minoria dos órfãos - geralmente branca e de pouca idade - em detrimento de outra parcela, que é afastada da possibilidade de ter uma família. Dessa forma, não é possível normalizar a adoção enquanto ela se basear em paradigmas.

Ademais, essa dificuldade associada à adoção inviabiliza o desenvolvimento pleno de crianças e adolescentes. Nesse viés, Pierre Bourdieu argumenta acerca das redes familiares, que constituem fontes de "capital social" para desenvolver integralmente o indivíduo. Seguindo a lógica, os menores que nunca vêm a ser adotados carecem do "capital social" supracitado, e, por conseguinte, sofrem no seu crescimento. Isso, pois a presença parental é indispensável ao ser, por exemplo, na educação emocional. Logo, é notório os entraves gerados pela pouca adesão do ato de adotar no País.

Portanto, é urgente mitigar as barreiras para a difusão da cultura de adoção no Brasil. Então, cabe ao Ministério da Cidadania - órgão responsável pelos adotados no país - promover a adoção imparcial, ou seja, sem se basear no fenótipo da pessoa a ser adotada. Isso se dará mediante a criação de eventos em que centros de adoção possam expor o perfil de menores que esperam por isso, além da conscientização acerca da discriminação, objetivando aumentar o número de adoções no Brasil e garantir uma família a toda criança e adolescente.

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Agradeço desde já a quem puder corrigir!

@Castru


- A clareza e a coesão são boas, mas algumas partes poderiam ser simplificadas para melhorar a compreensão. A organização das ideias é adequada, mas a fluidez pode ser aprimorada.
- A argumentação é relevante e bem fundamentada, com o uso de conceitos filosóficos e exemplos pertinentes. No entanto, poderia ser mais aprofundada e as conexões entre os argumentos e a proposta de intervenção mais explícitas.
- A proposta de intervenção é pertinente e respeita os direitos humanos, mas poderia ser mais detalhada em relação à sua implementação prática e ao impacto esperado.

Oii, tudo bem?
Seu texto é bom, demonstra vontade e um bom conhecimento de alguma gramática. Todavia, ele peca em coesão e coerência entre as partes, gerando um certo desconforto na leitura.
Sua tese é fraca e não é, por si só, um demonstrativo da problemática que você quer apresentar no decorrer do texto, uma melhora/aprofundamento nessa parte pode favorecer todo o restante do texto. Continuando na introdução, há uma desconexão entre os empecilhos citados e os que serão apresentados ao longo dos desenvolvimentos, isso deixa seu texto com as partes desconexas.
Há uma falta de clareza nos argumentos, não consegui perceber uma boa adequação entre a "cultura do cancelamento" e a cultura de adoção, talvez haja uma dificuldade em expor de forma clara essa ligação e o mesmo acontece no segundo desenvolvimento.
Particularmente gostei da proposta de intervenção, contém todos os elementos necessários, sei que as vezes a falta de linhas nessa parte do texto possa dificultar um maior detalhamento de como a ação será implementada, mas se falando nos moldes do enem, contém tudo que é necessário.