Conforme o artigo 5 da Constituição Federal de 1988, é papel do governo proporcionar uma sociedade justa e solidária para toda sua população. Entretanto, essa norma não se aplica na realidade brasileira, haja vista a desvalorização com as heranças trazidas pelas culturas africanas para o país. Dessa forma, cabe salientar as causas que fomentam esse problema, entre as quais permeiam: a negligência estatal e as forças midiáticas
As priori é indubitável a influência da insuficiência governamental em meios aos desafios que envolvem o desenvolvimento da cultura africana no Brasil. Segundo John Locke, "as leis são feitas para os homens e não para as leis". Entretanto, devido a inércia estatal, não é possível observar alguma valorização da presença negreira no país, tendo em vista a falta de investimentos em politicas públicas e no setor educacional, além da não realização por parte do Estado do que foi proposto pela Carta Magna cenário brasileiro. Por conseguinte, isso contribui para que a cultura africana seja menos notória e presente na sociedade.
Ademais, as forças midiáticas são um agravante no que tange ao problema, para o sociólogo polonês Zigmaunt Bauman, em um governo capitalista, a separação social por meio das classes sociais é determinante para os "status quo". Essa conjuntura pode ser relacionada com as forças que os meios de comunicação possuem, onde na mioria das vezes, são os responsáveis por criar imagens racistas para a população negreira, diminui do sua cultura e colocando-a em uma escala menor na sociedade, uma vez que essas ações consequentemente geram esteriótipos negativos e aumentam o preconceito racial. Diante disso, essas formas de pensamento precarizam ainda mais a ação da cultura africana no cenário atual do país.
Portanto, cabe aos ministérios da justiça e da educação - responsável por garantir uma sociedade justa e uma educação de qualidade para todos, respectivamente - investir em politicas públicas que melhoram o engajamento dos jovens na aprendizagem da cultura africana, como através de campanhas de conscientização e palestras, além de garantir o exercício das leis propostas pela Carta Magna, afim de que possa contribuir para uma maior visibilidade das manifestações afro-brasileiras. Concomitantemente, as mídias serão responsáveis por combater as imagens estereotipadas e preconceituosas com o objetivo de aumentar a influência da cultura negra no Brasil. Assim, esse problema deixará de ser um empecilho, e será possível criar um cenário onde as pessoas vivem em um lugar mais justo e solidário, com promulgado pela constituição.