A Constituição Federal de 1988 é o principal instrumento disponível para promover uma sociedade mais justa e igualitária, seus princípios herdados da Revolução Francesa e dos filósofos iluministas apontam os direitos dos cidadãos e os deveres do estado. Porém, na realidade brasileira, seus princípios não são aplicados em sua totalidade. O direito em ter a cultura valorizada é falho, principalmente devido à negligência estatal e a desigualdade.
          Nesse sentido, a cultura africana sempre enfrentou vários desafios ao longo dos anos, Devido ao contexto histórico em que o Brasil se formou, os negros tiveram a sua cultura oprimida e tiveram que se adequar a cultura dos colonizadores portugueses e com isso se formou um estereótipo a cerca dessa cultura tornando a julgada e esquecida pela sociedade em geral. Além disso, durante todos esses anos o estado brasileiro se mostrou negligente perante esse aspecto, mesmo com instituições destinadas a valorização das culturas. Segundo zgymunt Baumam, essas instituições são denominadas "instituições zumbis" que existem na teoria mas não cumprem sua função social na realidade.
      Ademais, a desigualdade social e étnica são fatores que representam grandes desafios para a valorização africana visto que em grande parte das exposições de arte, somente as obras artísticas ligadas à elite e a padrões europeus ganham destaque e visualização. Devido a desigualdade social as oportunidades dessas pessoas não são as mesmas , por obterem um menor poder aquisitivo não conseguem adquirir um estudo de qualidade.
       Portanto, para que os desafios para a valorização da herança africana sejam enfrentados, é necessário que o Governo Federal em conjunto com os Ministérios da cultura e educação trabalhem em conjunto para criar projetos de apresentação de obras literárias e a cultura africana para a população por meio de palestras nas escolas e nos meios de comunicação a fim de aumentar o conhecimento