A Constituição Federal de 1988, documento mais importante da história brasileira garante o direito à igualdade como inerente a todo cidadão. Entretanto, diante de tantos desafios para a valorização das herança africana no país, fica claro que esse direito não é assegurado na prática. Sendo assim, emerge uma análise dos fatores que contribuem para essa problemática como o racismo estrutural e a negligência estatal.
Em primeira análise, percebe-se o racismo estrutural como um causador do problema. A esse respeito, durante o processo de colonização do Brasil, os colonos europeus sempre fizeram de tudo para calar e apagar a história da população negra, sempre colocando sua cultura e tradições acima da dos negros. Transpondo para a realidade atual, nota-se que o racismo trazido pelos colonos europeus ainda assola a população negra, uma vez que sua cultura continua sendo minimizada, inferiorizada e discriminada pela sociedade. Sendo assim, urge mudanças para superar isso.
Além disso, a negligência estatal também perpetua a problemática. Sob esse viés, o filósofo Karl Max em sua obra "O Capital" alega que o Estado deve intervir nas relações para garantir justiça social. Trazendo a obra para o Brasil contemporâneo, fica evidente que não há essa intervenção do Estado de forma eficaz, pois não há apoio a movimentos de exaltação da cultura africana e sim, repreensão. Além de não haver punição adequada para quem desrespeita a cultura negra. Logo, é necessária a mudança desse cenário.
Por fim, diante dos fatores que contribuem essa problemática, é necessária a ação conjunta do Estado e da sociedade para mitigá-los. Nesse âmbito, cabe ao poder público na figura do Ministério da Cultura conscientizar a população por meio de campanha e eventos em escolas sobre a importância da valorização da herança africana no Brasil, além de punir severamente qualquer ato racista e desrespeitos contra essa herança cultural, a fim de que conscientizados e com punições, entenda a importância entendam a importância dela. Feito isso, o direito proposto na Constituição estará sendo assegurado na prática.