No livro "Brasil, País do Futuro", o autor Zweig acredita no crescimento exponencial da nação brasileira. No entanto, o país sofre grandes desafios que impede o progresso nacional, sendo a a desvalorização da herança africana e afro-brasileira no Brasil. Nesse contexto, a negligência estatal e a omissão social são as principais causas para essa infeliz persistência.
Nesse sentido, John Locke, filósofo renomado, argumenta que o Estado tem o dever, ou deveria ter, de disponibilizar recursos básicos para a nação. Sob essa visão, observa-se um descaso governamental pela falta de verbas voltadas à valorização da herança africana. Onde a maior parte da população não enxerga esse problema social como prioridade. Com isso, os brasileiros não aprendem o quanto a cultura africana e afro-brasileira foi e é importante para o país, comprometendo a inclusão social e racial.
Ademais, é imprescindível relatar que o silêncio popular ajuda na falta da valorização da herança africana e afro-brasileira. Hannah Arendt, afirma em sua obra "Banalidade do Mal" que a população normalmente se cala diante a problemas sociais pela falta de entendimento. Sob essa perspectiva, a classe dominante enxerga a valorização deficiente dessas culturas como algo natural e distante, não trazendo muitos debates sobre esse problemas no cotidiano. Sendo assim, a população afro-descendente cresce sem saber o seu valor, por causa do desentendimento social e o preconceito que está na entranhas do Brasil.
Assim, é fundamental que o Poder Executivo Federal, mais especificamente o Ministério da Educação incentive movimentações sociais direcionadas à valorização da herança africana e afro-brasileira. Tal iniciativa deverá ser tomada através de campanhas e ensino sobre a importância dessa herança para a nação. A fim de diminuir a exclusão social e racial. Afinalo "País do Futuro" de Zweig não é impossível de ser alcançado.