Em 1988 foi esculpida a Constituição Federal,que deixa claro no artigo 5° e 6° que todos são iguais perante a lei, porém a realidade hodierna brasileira podemos perceber as óbices enfrentadas na valorização da herança africana que é tão para história e cultura brasileira. Podemos perceber o descaso e a insignificância social a respeito da cultura africana.
Diante disso, a filosofa Hannah Arendt descorre em seu livro "Eichmann em Jerusalém", sobre a "banalidade do mal". Enquanto não houver discussões políticas concretas sobre a grande importância que a cultura africana tem para a nossa história, a sociedade não enxergará de forma correta o rica é a herança africana. Enquanto não houver debates sólidos sobre a representividade negra e igualdade, casos de racismo e descriminação serão a regra, enquanto, respeito e valorização das origens africanas será exceção.
Todavia, a falta de políticas públicas concretas sobre a valorização de um povo originário brasileiro, mostra a ineficácia do Estado e isso agrava ainda mais os ataques racistas e físicos sofridos por negros na sociedade atual . O jornalista Gilberto Dimenten no seu livro, "Cidadão de papel" deixa claro que o cumprimento da Carta Magna ocorre só na teoria, com leis fracas e rasas .
Cabe ao Ministério Público- órgão responsável pelos interesses sociais, cobrar do Estado, políticas públicas eficazes para inserção da cultura na nossa sociedade. O Ministério da cultura e e da Educação devem trabalhar juntos com pessoas que entendam da cultura africana, na inserção do tema nas escolas públicas e privadas e em meios de comunicação, para que assim a sociedade entenda e respeite a herança negra. Assim a igualdade deixará de ser só na teoria como o jornalista Gilberto Dimenten falou em seu livro, "Cidadão de papel".