A Constituição Federal de 1988, documento jurídico mais importante do país, prevê em seu artigo 6.° o direito à cultura. Contudo essa prerrogativa não tem se reverberado com ênfase na prática quando se observa a desvalorização da herança africana no Brasil, dificultando o acesso a esse direito tão significativo. Portanto, não há dúvidas que a problemática ocorre não somente devido a marginalização dessa cultura, mas também em decorrência do apagamento histórico pela sociedade.
Em primeiro plano, é lícito postular ausência de medidas governamentais para combater a exclusão da cultura africana no Brasil é. Sob esse viés, a falta de contextualização em escolas públicas sobre a verdadeira importância de nomes como Carolina Maria de Jesus, reduz tradições africanas a mitos e costumes que são marginalizados por grande parte da população. Conforme o filósofo Thomas Hobbes, o Estado é responsável por proporcionar meios que auxiliem o progresso do corpo social. No entanto a realidade se mostra diferente e o resultado é claramente refletido no cotidiano desse grupo. Logo, é inadmissível que esse cenário continue a perdurar.
Ademais, ressalta-se o apagamento histórico dessa cultura por parte da sociedade como outro precursor pela permanência da problemática no Brasil. ativista escritora Djamila Ribeiro dispõe em suas obras literárias histórias de sua vivência em uma sociedade onde foi constantemente alvo de estereótipos e julgamentos. Não distante das obras, é nítido o desafio para sociedade valorizar e propagar a identidade que foi essencial na formação da história brasileira. Portanto, urgem mudanças no imaginário social para que esse quadro seja revertido.
Infere, portanto, a necessidade de medidas que combatam a desvalorização dessa cultura. Para isso é necessário que o Ministério da Educação em quanto maior órgão educacional do país, juntamente com a mídia, propaguem folhetins públicos conscientizando sobre a importância da cultura africana na formação do Brasil, por meio das redes sociais. Dessa forma, se consolidando uma sociedade mais equânime e um país desenvolvido, tal como afirma Thomas Hobbes.