Na Constituição Federal de 1988, no artigo nº 5, prevê que todos os cidadãos são iguais perante a lei. No entanto, na realidade brasileira há um abismo do que é posto no papel e o que que é realizado na prática, os desafios para valorização da herança africana no Brasil são principalmente ocasionados por estes fatores, a negligência do Estado e a inércia midiática. Diante disto, é fulcral a resolução dos problemas para que haja plena harmonia social.

Em primeiro plano, a falta de atuação dos setores governamentais é o motivo que agrava essa desvalorização da cultura dos povos da África. Segundo a escritora de Djamila Ribeiro “ para atuar na resolução de um problema, primeiro temos que tirá-lo da invisibilidade”. Partindo desse pressuposto, é perceptível que na situação atual do país, o governo ignora a cultura africana, pois os descendentes dos originários da África, sofrem frequentemente preconceito racial, escutando falas racistas, e preconceito religioso, tendo em vista que em sua maioria cultua Orixás Santos e seus mestres. Diante dessas questões é um descaso estatal, não tomarem medidas cabíveis diante a tanta opressão.

Ademais, a mídia é um local holístico de informações e falha em relação ao problema. Um exemplo, uma influenciadora da rede sociais Instagram, que fez uma festa com o tema “África”, onde os convidados e a anfitriã utilizaram-se de perucas, de trajes africanos e pintaram seus rostos em um tom mais escuro que suas peles. Este tipo de abordagem é extremamente racista, além disso, os seguidores da influência tiveram uma visão distorcida, sem saberem o real valor da cultura e como ela é rica em diversidade. Posto isto, a divulgação correta daria mais visibilidade aos afetados.

Por fim, são necessárias tomar atitudes que resolvam estas mazelas citadas. Sendo assim, cabe ao Ministério da Cultura, órgão de poder público, implementar palestras em informativas em lugares públicos para melhor acesso, com profissionais especializados e divulgar através das mídias com publicações interativas com informações sobre a herança africana e também ao Poder Legislativo, órgão de poder judiciário, formular leis que punam quem cometer preconceitos com os tais. Espera-se que com essas medidas o problema seja progressivamente erradicado.