"Utopia", a famosa obra do escritor Thomas More, retrata uma sociedade perfeita, ausente de mazelas sociais. No entanto, a realidade brasileira é adversa a idealizada na obra, pois observam-se os Desafios para a valorização africana no Brasil. Logo analizam-se as causas dessa conjuntura: omissão governamental e desigualdades sociais.
Antes de tudo, percebe-se um grande descaso governamental em torno dessa problemática. A princípio, a constituição de 1988 afirma ser dever do Estado assegurar para todos o direito à vida e proteção contra qualquer tipo de negligência. Contudo, essa premissa parece ter sido esquecida, visto que, no Brasil a população africana é relacionada à escravidão e à periferia. Tendo em vista que, a maior parte dos habitantes periféricos são africanos, o que de certa forma gera um preconceito, geralmente envolvendo apelidos maldosos com sua cor, aparência, moradia e passado, como a frase de um vídeo viralizado no aplicativo "Tiktok", onde a influencer comenta "cabelo crespo não me desce" enfatizando o preconceito.
Ademais, é cabível pontuar as desigualdades sociais nesse contexto. A filósofa Hannah Arendt menciona: "A essência dos direitos humanos é o direito à ter direitos". Isso, não acontece na prática, pois outro ponto crucial é o abandono de habitantes de áreas urbanas, em situações vulneráveis, os quais são descriminados por sua residência e cor tanto em vagas de trabalho quanto até mesmo em escolas, assim, não tendo direito à igualdade.
Portanto, é dever do estado investir uma pequena parcela do PIB para a minimização da desvalorização africana, por meio do ministério público, encarregado de investir e planejar alternativas de intervenção, como palestras de conscientização nas escolas e universidades. Essa ação tem como finalidade remediar não somente a omissão governamental, mas também as desigualdades sociais.