Na obra "Utopia", do escritor inglês Thomas More, é retratada uma sociedade perfeita, na qual não existe problemas. No entanto, o que se observa na sociedade contemporânea é o oposto do que o autor prega. Uma vez que existem desafios para a valorização da herança africana no Brasil. Esse cenário antagônico é fruto tanto da ineficácia governamental, quanto da falta de divulgação da mídia.

Diante desse cenário, torna-se fulcral pontuar que os obstáculos para a valorização dessa herança, deriva da baixa atuação dos setores governamentais, no que concerne a criação de mecanismos que coíbam tais recorrências. Segundo o pensador Thomas Hobbes, é dever do estado garantir o bem-estar populacional, entretanto, isso não se concretiza no Brasil. Devido a falta de atuação das autoridades, por conseguinte decorrência de uma ineficácia governamental, como a importância das raizes africanas no território Brasileiro. Desse modo, faz-se mister a reformulação dessa postura estatal urgentemente.

Ademais, é imperativo ressaltar a falta de divulgação da mídia, como promotor do problema. Segundo Pierre Bordieu, o que não é noticiado pela midia tende a ser ignorado pela sociedade. Sendo assim, a mídia deve promover debates críticos sobre questões sociais importantes, como as barreiras para avalorização da memória africana no Brasil, sendo assim, sua falta de coberura compromete essa função ética.

Depreende-se, portanto, a ausência de novas medidasque vise reverter tal problemática no Brasil. Para isso, a mídia deve criar funções que informe o público sobre os desafios para a valorização da herança africana no Brasil. Deve ser realizado por meio de propagandas e reportagens, com a participação dessa comunidade. Desse modo, atenuar-se-á, em médio e longo prazo, o impacto dos obstáculos para a valorização dessa herança, e a coletividade alcançará a utopia de More.