Na obra "Utopia", do escritor inglês Thomas More, é retratada uma sociedade perfeita, na qual o corpo social padroniza-se pela ausência de conflitos e problemas. No entanto, se observa na realidade contemporânea o oposto do que o autor prega, uma vez que se encontra desafios para a valorização da herança africana no Brasil. Diante disso, torna-se essencial a discussão do problema para o pleno funcionamento da sociedade.

O seriado "Todo Mundo Odeia o Chris", narra a vida de um adolescente negro. Ele frequentemente nos episódios sofre preconceito racial em sua escola, esse cenário é visto diariamente na população brasileira. No período da escravidão, o Brasil foi o último país a abolir essa prática e isso fez com que os indivíduos brasileiros carreguem uma cultura racista. Essa situação dificulta o reconhecimento da memória africana no país.

Embora, consequências causadas pela naturalização do preconceito pelo tom de pele, seja evidente na população, seu fim está longe de ser decretado, por ser um tema invisibilizado pelas pessoas. A filósofa brasileira Djamila Ribeiro, afirma que para solucionar um problema é necessário tirá-lo da invisibilidade, ou seja, é preciso atentar-se ao problema para haver resolução. Por essa razão o preconceito está longe de ser extinto, visto que é comum na sociedade brasileira.

Portanto, torna-se essencial a atuação midiática e governamental. É primordial que o Ministério da Educação (órgão responsável pelo ensino do país), faça projetos visando ensinar as crianças e adolescentes sobre a herança deixada pelo povo africano. Isso deve ser feito por meio de aulas em campo, onde tenha a história africana marcada. Também é importante que mídias sociais façam propagandas televisivas para alertar a população sobre a discriminação enraizada no país. Dessa forma, atenuar-se-á, o impacto nocivo do preconceito no Brasil e a coletividade alcançará a Utopia de More