A Constituição Federal de 1988-documento jurídico de maior hierarquia do país-em seu artigo 5º, prevê que todos cidadãos são iguais perante a lei. Todavia, fora da legislação, esse jus não acontece na prática, uma vez que existem grandes desafios para a valorização da herança africana na sociedade brasileira. Posto isso, cabe analisar os fatores que contribuem com a problemática, dentre eles: o preconceito racial e o descaso governamental.
Diante desse cenário, o racismo é algo a ser minimizado. Na obra “Utopia” do influente inglês Thomas More, retrata uma sociedade perfeita e harmônica, a qual é livre de conflitos e mazelas. Sob esse viés, tal prerrogativa não se faz presente no período hodierno, haja vista que a aculturação da sociedade afro-brasileira é gerada certas vezes por a falta de empatia para com esses indivíduos, conseguintes de ameaças e palavras maudosas, causando assim, uma série de problemas ao cotidiano destes, como: depressão, ansiedade e isolamento social. Assim, é fulcral a mudança do corpo social acerca de tal problemática.
Além disso, é notória a persistência da inércia do governo, bem como suas consequências. Conforme o poema do escritor modernista Carlos Drumond de Andrade “no meio do caminho”, é possível notar que o autor retrata as dificuldades da vida do eu lírico como uma metáfora, na qual a pedra representa os desafios a serem enfrentados em seu caminho. Análogo à literatura, isso é algo presente no usual dos povos africanos, visto que o não uso dessa ferramenta governamental, acarreta graves desafios para o legado de crenças dessa cultura, dentre eles: a folclorização e a passagem de conhecimentos reduzidos para a população. Logo, faz-se mistério a reformulação estatal acerca dessa mazela social.
Portanto, indubitavelmente, medidas eficazes são necessárias para minimizar tanto o racismo cultural, quanto a ineficiência governamental. Para tanto, cabe ao Governo Federal-instância máxima do poder-promover campanhas socioeducativas a respeito da desvalorização dos povos africanos, por meio de palestras e posts, veiculados as mídias, a fim de promover uma boa conscientização e mudança populacional. Destarte, com a efetivação de tais ações, e a busca por melhorias, os cidadãos tupiniquins poderão usufruir efetivamente dos direitos fundamentais previstos na Carta Magna.