Durante séculos, o Brasil teve sua história marcada pela escravidão de povos, principalmente dos africanos. Essa problemática carrega consigo, diversas vezes, o apagamento da herança afro deixada na sociedade brasileira através das manifestações culturais, religiosas, entre outras.
Segundo o IBGE (Instituto de Brasileiro de Geografia e Estatística), aproximadamente, mais da metade dos cidadãos brasileiros estão inclusos na categoria de pretos e pardos. Diante disso, é agravante que a representatividade preta seja consideravelmente negligenciada, visto que representa maioria. Entretanto, urge ressaltar que isso tem em suas raízes a colonização europeia, sendo grande influenciadora na construção da identidade da população verde-amarela, como as formas de vestimenta, costumes, entre outros.
Contudo, além do agente anterior, faz-se crucial esclarecer a significativa participação das mídias e da indústria cultural na exclusão de personalidades negras, como Machado de Assis, seja na literatura, música, história ou outras representações. Esses meios impactam também na criação de estereótipos, corroborando neste impasse desde o princípio como, por exemplo, na dificuldade que as crianças negras, principalmente meninas, enfrentam ao não se enxergarem ou se encaixarem em determinados cenários.
Portanto, é essencial que grupos identitários brasileiros, representando o povo preto, mantenham inspiração em movimentos sociais, como o "Black Lives Matter", reivindicando a integração e preservação de elementos afros na cultura nacional. Ademais, o Estado, em conjunto com ONG's, deve promover investimentos em campanhas, propagandas e políticas públicas que integrem essa busca pela valorização da herança afro no cotidiano dos indivíduos.