O romance filosófico "Utopia" de Thomas Morus, retrata uma civilização perfeita, desprovida de conflitos. Essa obra, entretanto, constrata com a realidade brasileira no que se refere aos desafios para a valorização da herança africana no Brasil, um problema ainda presente no país. Esse cenário lamentável ocorre não apenas pela negligência educacional, mas também pelo preconceito racial. Diante disso, é crucial analisar essa conjuntura para revertê-la.
Nesse contexto, a insuficiência de investimentos na educação deriva da ineficácia do Poder Público em criar mecanismos de combate. Para John Locke o Estado existe para assegurar direitos e promover harmonia social, mas no Brasil, esse contrato é rompido pela baixa atuação das autoridades. Como resultado as escolas não apresentam fatos históricos e personalidades negras para os alunos, dos grandes acontecimentos e histórias, só é mencionado o período escravocrata limitando conhecimento e cultura para os estudantes. Assim, é clara a ineficiência do Estado no que se refere à educação cultural.
Ademais, a falta de enfrentamento do preconceito racial agrava a situação. Conforme a frase "o homem é lobo do homem" se materializa no Brasil, onde o preconceito apaga a história do próprio povo fazendo a cultura ser apagada das próximas gerações, o que dificulta o combate a valorização da herança africana. Isso perpetua um quadro crítico.
Portanto, é necessário diminuir esses obstáculos. Cabe ao Congresso Nacional aumentar investimentos via a Lei de Diretrizes Orçamentárias e fornecer, em instituições de ensino, aulas sobre a cultura africana, campanhas e festividades no tema para irriquecer e manter a cultura pelas próximas gerações. Assim "Utopia" de Morus, poderia se aproximar da realidade brasileira.