Segundo o dicionário da língua portuguesa, "Herança" é o legado de crenças, conhecimentos, costumes e tradições, repassada por um grupo social. A partir disso, entendemos que cada grupo possui diferentes heranças culturais, porém, nem todas recebem a mesma importância e visibilidade na sociedade, mesmo sendo um país com alto índice de miscigenação. Segundo dados do IBGE - Instituto Brasileiro Geográfico-, cerca de 65% da população são afrodescendentes. A falta da valorização da cultura no Brasil, se da por um preconceito, com a etnia africana, e pela omissão governamental.

De acordo com os fatos, a humanidade ainda considera a cultura africana inferior, mesmo sendo um povo com extrema importância na história brasileira.O preconceito racial impede a dissiminação da cultura, ocultando e negando o acesso ao conhecimento. No ano de 2023, um Live-action, do filme da Disney "A Pequena Sereia", recebeu muitas críticas em relação a personagem, por ser negra, não sendo totalmente aceito no meio das produções. Este acontecimento só serviu para reafirmar o preconceito que está enraizado na população, demonstrando uma falta de educação e conhecimento. Segundo o filósofo Epicteto, "Só a Educação liberta", notamos que a falta da educação coloca toda uma história em risco.

Ademais, a omissão do governo carrega uma parcela, considerável, de culpa. De acordo com Constituição de 1988, na esfera de ação do Estado, medidas de homogenização educacional e cultural deveriam ter sido incrementadas há muito tempo atrás. Porém, recentemente, passaram a ter a atenção do Estado e ser do interesse de algumas autoridades e organismos oficiais, como por exemplo o MEC - Ministério da Educação e Cultura -, que vem buscando conhecer e identificar diferentes traços da cultura africana encontrados no Brasil.

Portanto, faz-se necessário resolver o impasse, desenterrando a cultura dos de povos que fazem parte da história do Brasil. Sendo assim, cabe ao Ministério da Educação e Cultura (MEC), promover campanhas que promovam a conscientização sobre a cultura de matriz africana, por meio de redes sociais, ou criar eventos e festivais que vai permitir adquirir novos conhecimentos e compartilhar uns com os outros. Com isso, espera-se a valorização da cultura africana e promover o bem-estar da minoria.