A Constituição Federal, promulgada em 1988, garante a todos os cidadãos o acesso pleno à dignidade humana, ao bem-estar social, e, principalmente, o acesso à cultura. No entanto, tais garantias não se efetivam, em virtude da fulcral necessidade do debate acerca dos desafios para a valorização da herança africana no Brasil. Diante disso, é válido considerar não somente a inoperância estatal, como também a escassez de debates como fatores que fomentam o revés. Logo, torna-se necessário que medidas sejam traçadas para tal fim.
A Princípio, deve-se salientar que a ineficácia governamental retarda o processo de valorização do legado africano no país. Sob esse viés, o termo "Instituição Zumbi", utilizado pelo filósofo Zygmunt Bauman, refere-se a sistemas na qual não exercem seu papel previamente estabelecido em um ordenamento jurídico. Nesse contexto, percebe-se uma monumental ausência de feitos por parte do Estado para estimular tal valorização entre os brasileiros, o que compromete sua devida importância. Ademais, torna-se evidente a necessidade de ações interventivas para o fim dessa lacuna social.
Outrossim, a ausência de debates em torno da problemática também é um fator que compromete a questão. Nesse sentido, a filósofa brasileira Djamila Ribeiro, afirma que, para atuar em determinado entrave social, deve-se, primeiramente, tira-lô da invisibilidade. Não obstante, a realidade brasileira tende a ser diferente, devido a atual ausência de conhecimento populacional enquanto as heranças dos africanos. Desse modo, tal escassez de conhecimento da temática compromete a imprescindível necessidade de mudanças deste cenário alarmante no Brasil.
Portanto, cabe ao Governo Federal - cujo principal função é administrar o país e assegurar o bem-estar populacional - a crianças de campanhas educativas e esclarecedoras sobre a importância da valorização do legado africano em território nacional. Isso pode ser feito por meio de divulgação em plataformas digitais, a fim de garantir o estímulo a valorização da herança colonial no Brasil.