A Constituição Federal de 1988 - lei suprema responsável traçar parâmetros aplicáveis a todos os cidadãos brasileiros - manifesta como um de seus objetivos a promoção do acesso à cultura. Contudo, tal norma encontra barreiras para ser efetivada na prática, dado que os desafios para a valorização da herança africana no Brasil configuram um preocupante cenário a ser solucionado pelo país. À vista disso, faz - se crucial analisar o preconceito e a desigualdade social, como impulsionadores do revés.

A priori, destaca - se a discriminação como um catalisador para a continuidade do problema em questão. De acordo com o insige filósofo italiano Thomás de Aquino, "todos devem ser tratados com igual importância". Entretanto, nota-se que, na sociedade brasileira, a perpetuação dos entraves para o reconhecimento da matriz africana nos país verde-amarelo, uma vez que as culturas africanas e afro-brasileira são apresentadas como estereotipadas, pois os grupos presentes na classe dominante se sentem ameaçados. Consequentemente, as elites corroboram para a visão deturpada da crença africana. Desse modo, é essencial superar esse contexto que permeia a sociedade e prejudica diversos indivíduos.

Outrossim, cabe ressaltar a disparidade social como um contribuinte para a manutenção da problemática. Consoante o expoente escritor inglês George Orwell, "somos todos iguais mas alguns mais iguais do que outros". Sob essa ótica, observa-se que, na República Federativa do Brasil, ca persistência dos obstáculos para o enaltecimento da cultura africana no país, visto que a parcela da sociedade projete nessa matriz é predominantemente pobre e negra, dessa forma são tratados como um povo inferior e por vez minimizados. Como consequência, os integrantes da cultura africana sofrem exclusão social. Logo, faz - se necessário a mudança desse quadro lamentável.

É preciso, portanto, superar a gênese dos empecilhos para a valorização da tradição africana na terra santa. Para isso, o Ministério da justiça e Segurança Pública - órgão responsável pelas políticas nacionais defensivas - deve assegurar as heranças africanas. Isso deve ser feito por meio de campanhas de conscientização, com o fito de demonstrar a relevância dessa cultura. Tal medida, acompanhada da garantia da igualdade social, por parte do Ministério da Cidadania e Direitos Humanos, potencializará a resolução do imbróglio. Assim, poder-ser-á consumada a promoção do acesso à cultura, garantida pela Carta Magna, também fora dos papéis.