Segundo Jean Paul, "o outro é o inferno". Diante disso, sub-entende-se o perigo constante de viver em sociedade. Paralelamente ao pensador, no país de Pelé, encontram-se diversas raízes africanas devido a todo seu histórico de colonização, no entanto, práticas voltadas para tal cultura são normalmente reprimidas e marginalizadas, o que gera um grande desafio em manter sua identidade. Com isso, cria-se o alarde necessário para compreender quais cenários corroboram para essa grave situação.

Em primeira análise, o sociólogo Thomas Hobbes afirma que: o homem é o lobo do homem. De maneira análoga, retomando o processo de colonização brasileira, sabe-se que a exportação de africanos foi muito utilizada, o que leva a existência de uma herança afro-descendente no Brasil. Outrossim, Portugal ao trazer jesuítas, estabeleceram regras que limitavam a exerção de suas crenças e endemonizavam toda e qualquer prática fora do que se foi estabelecido, logo, a dificuldade no mantimento cultural está muito mais enraizada do que se aparenta, uma vez que tais afirmações tenham se esgueirado até os dias atuais.

Em segundo plano, a pensadora Hanna Arendt explica que uma situação banal torna-se normalizada devido ao negligenciamento sofrido. Dessa forma, é notável que um dos maiores impasses ao combate do preconceito estrutural à herança africana não se é discutido devido ao aceitamento de práticas que desaprovem a exerção deles, seja a cultura artística ou religiosa — haja visto também a marginalização do rap, hip-hop, escrita, etc. Dessa forma, é indispensável haver o levantamento da pauta e formas de combate.

Destarte, cabe ao Ministério da cultura juntamente as instituições de ensino, responsável pela formação do indivíduo, desenvolveram práticas comemorativas por meio promoção cultural e aulas intensivas, a fim de reafirmar a identidade da herança africana presente no país Pau-Brasil. Diante desse cenário, o pensamento de Paul deixará aos poucos de ser uma realidade.