De acordo com Simone de Beauvoir, expoente filósofa francesa, existe um apagamento crônico das minorias que são tornadas irrelevantes no cotidiano. A baixa visibilidade nas escolas e o preconceito em relação a cultura africana no Brasil são pautas que afirmam o pensamento da filósofa.

Existe uma ideia, estereotipada pelos livros de história, de que a herança africana se baseia apenas na escravidão. John Locke, conhecido como pai do liberalismo, defendia que a população deveria confiar no Estado, que por sua vez, garantiria direitos aos indivíduos. Porém, com o empobrecimento da educação no Brasil, é impossível concretizar a ideia de Locke.

Essa situação ocorre por que, infelizmente, muitos governantes não se movimentam em prol da inclusão da cultura africana na realidade contemporânea, pelo contrário, eles adquirem uma posição individualista por não mensurar as consequências, do preconceito, por exemplo. A ilustre filósofa Djamila Ribeiro defende que, para atuar em uma situação, deve-se, antes de tudo, tirá-la da invisibilidade. Então, essa nebulosidade precisa ser exposta para conscientizar a sociedade.

Diante do exposto, denota-se a urgência de propostas governamentais que alterem esse quadro. Portanto, é dever do Estado juntamente com o Ministério da cultura _cuja função principal é a proteção da cultura na sociedade_ a implantação de políticas públicas que possam incluir a cultura africana no cotidiano brasileiro e a criação de campanhas nas escolas que fomente a importância da herança africana. Tal reestruturação terá como finalidade impor o reconhecimento merecido aos costumes africanos.