"As maiores conquistas da humanidade foram feitas conversando e as maiores falhas pela falta de diálogo. Observa-se na frase de Sthepen Hawking, físico e teórico britânico, que as falhas presentes no que tange o cenário dos desafios para a valorização da herança africana no Brasil são decorrentes da falta de diálogo no corpo social moderno. Tal conjuntura é movida principalmente pela omissão do Estado e pelo silenciamento da causa, impasses esses constantes no aspecto coetâneo da Federação.

Nesse contexto, em primeiro plano, é preciso atentar para a negligência governamental presente na questão. Para Tomas Hobbes, o Estado é responsável por garantir o bem-estar dos cidadãos porém, tal responsabilidade não está sendo honrada quanto a valorização da herança africana no Brasil, visto que retratado com inferioridade a cultura, os costumes e as crenças africanas, transformando e dando a visão que o legado dos povos africanos é algo pequeno. Essa redução afeta diretamente no bem-estar desse povo, de maneira em que não se sentem valorizados e nem reconhecidos perante nação. Assim, para que tal bem-estar seja usufruído, é necessário que o estado saia da inércia em que se encontra.

Além disso, é coerente apontar que o silenciamento da causa impacta à questão. Djamila Ribeiro explica que é preciso tirar uma situação da invisibilidade para que possa agir sobre ela. Porém, há um silenciamento instaurado na questão da valorização da herança africana no Brasil, visto que ainda hoje, o modelo educacional conta a história dos povos negros focando na escravidão e não na história e cultura afro-brasileira, nos seus costumes e tradições. Isso também sequer é falado em mídias sociais o que contribui para o silenciamento da questão. Assim, é necessário tirar a situação da invisibilidade para agir sobre ela como defende a pensadora.

Portanto é necessário intervir sobre o problema. Para isso o Governo, órgão responsável por garantir a integridade e bem-estar de todos, juntamente com o Ministério da Educação, devem promover políticas públicas de valorização da população negra, por meio da reformulação do ensino no Brasil, a fim de trazer a visibilidade necessária para a cultura e história afro-brasileira. Assim, é possível restabelecer o diálogo social na sociedade contemporânea do século XXI.