Na obra "A República" o filosofo grego Platão idealiza uma cidade livre de desordens e problemas, em que o povo trabalha em conjunto para superar todos os obstáculos. Fora da ilustre obra literária, com ênfase na sociedade brasileira hodierna, percebe-se o oposto dos ideais de Platão, visto que, ainda existem desafios para a valorização da herança africana no Brasil. Portanto, é notório que a problemática é fruto tanto da ineficiência governamental quanto da falta de mídia.
Em primeiro plano, é imperioso ressaltar a inéficacia governamental como promotor do problema. De acordo com o artigo 1° da Declaração Universal dos Direitos Humanos "Todas as pessoas nascem iguais em dignidade e direitos." Porém, é visível, que esse preceito não é concretizado no Brasil, uma vez que, o Estado não cria uma grade de aulas que utilize da herança africana como meio de educar e propagar o legado desses povos, o que causa o desconhecimento sobre o assunto. Assim, é crucial, que o governo tome medidas urgentes para reverter esse cenário antagônico.
Outrossim, é importante analisar a falta do meio midiático como outro agente influenciador do revés. De acordo com o educador Paulo Freire "Aprendemos com as diferenças e não com as igualdades." Partindo desse pressuposto, fica claro, a ausência de matérias jornalísticas e posts nas redes sociais sobre os costumes e tradições dos povos africanos, no que resulta a exclusão desse grupo. Então, nota-se, que a deficiência midiática ajuda na perpetuação dessa realidade caótica.
Por fim, torna-se indispensável a mitigação dos desafios para a valorização da herança africana no Brasil. O ministério da Educação, esfera governamental responsável pelas instituições de ensino, deve criar grades com planos de aula que envolvam conhecimentos sobre a cultura africana, a fim de incluir sua herança na sociedade brasileira. Por outro lado, a mídia brasileira deve fazer matérias televisivas e posts nas redes sociais que traga o legado de crenças da África para a população. Assim, então, a sociedade brasileira alcançará as convicções Platônicas e, acima de tudo, o bem-estar social.