A obra "Utopia" do escritor inglês Thomas More, retrata uma sociedade perfeita onde não há problemas e conflitos. No entanto, a coletividade brasileira é contrário à da obra, uma vez que a desvalorização da herança africana é uma barreira que dificulta a concretização das ideias de More. Nota-se que a insuficiência legislativa e a lacuna educacional fomentam o problema.
Diante desse cenário, a ineficiência da legislação é o principal agravador da problemática em questão. O artigo 5 da Constituição Federal de 1988, garante a todos a igualdade perante a lei independentemente da cor, gênero e raça. Entretanto, o Estado não está honrado seu papel, tratando-se da valorização do legado africano, visto que o governo não vem investindo o suficiente para garantir esse direito a todos, colaborando para o aumento constante do problema e para o crescimento do preconceito racial e étnico.
Ademais, a lacuna educacional é outro fator que ocasiona a adversidade. "A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo." afirma o ex-presidente da África do Sul Nelson Mandela. No atual contexto, é perceptível que as instituições de ensino comentam somente as coisas ruins do período escravocrata não ensinando sobre a cultura deixada pelos africanos e sua importância na história brasileira, impactando negativamente no desenvolvimento do indivíduo e formando uma coletividade alienada.
Portanto, é preciso superar a desvalorização da herança africana no Brasil. Desse modo, o Estado - como responsável por garantir o bem-estar a todos - deve investir na exaltação da descendência afro-brasileira. Tal ação será efetiva por meio do redirecionamento da verba pública . Em acréscimo, o Ministério da Educação deve promover palestras de conscientização para exaltar o legado africano. Dessa forma, o corpo social brasileiro se aproximará do idealizado em "Utopia".